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paralisação

Greve prejudica atendimento em postos de saúde de Curitiba

Faixa foi estendida em frente ao Centro Municipal de Emergências Médicas do Cajuru | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Faixa foi estendida em frente ao Centro Municipal de Emergências Médicas do Cajuru (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Curitiba amanheceu, nesta segunda-feira (30), com uma greve de servidores municipais de saúde. A paralisação ocorre, segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), por tempo indeterminado e por conta de atrasados no pagamento do piso salarial, vencimentos retroativos e gratificações. A prefeitura afirmou que a entidade sindical não está cumprindo o acordo de manter 20% do quadro de trabalhadores nas unidades básicas e um mínimo de 12 profissionais nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24 Horas), mas que, mesmo assim, mantém todas as unidades abertas para acolher usuários e atender emergências.

Na última sexta-feira (27), o Sismuc havia divulgado que manteria um quadro mínimo para serviços de urgência e emergência. Na nota, a coordenadora geral do sindicato, Ana Paula Cozzolino, havia afirmado que 30% do efetivo nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) seriam mantidos para que esses atendimentos fossem realizados.

A prefeitura, por sua vez, emitiu nota na manhã desta segunda-feira afirmando que o acordo era para manutenção de 20% do efetivo nas unidades de saúde e que, nem isso, estaria sendo cumprido. A categoria está realizando um protesto nesta manhã, que saiu da Praça Santos Andrade e seguiu pela Rua Marechal Deodoro, no Centro de Curitiba.

Ao todo, entre médicos e enfermeiros, são 7,5 mil servidores municipais da saúde. Para Ana Paula, a prefeitura descumpriu acordos firmados ao longo de 2014. “Em fevereiro deste ano, uma greve já havia sido deflagrada e a prefeitura havia assumido compromisso de cumprir o acordo, mas isso não ocorreu”.

A categoria também reclama de atrasos no pagamento de parte das horas extras. Em janeiro, segundo o Sismuc, a dívida da gestão municipal com os servidores da saúde chegava a R$ 1,5 milhão por causa dessas horas extras. Dois meses depois, ainda haveria R$ 600 mil em atraso.

No texto encaminhado pela Secretaria Municipal da Saúde, o acordo costurado entre as partes havia definido que seriam mantidos, pelo menos, 12 profissionais em cada UPA. E esse contingente não estaria sendo cumprido. A pasta informou ainda que registará e encaminhará aos órgãos de controle esse descumprimento.

Na última sexta-feira, em nota da prefeitura reproduzida pelo próprio Sismuc, a gestão Gustavo Fruet teria confirmado débitos na ordem de R$ 5 milhões referentes aos reajustes salariais de dezembro, janeiro e fevereiro. Esse montante, de acordo com o texto, seria pago até o próximo dia 17 de abril. A Secretaria da Saúde ainda afirmava no texto que continuava negociando com a categoria a finalização de um plano de gratificações para os servidores.

Categoria iniciou um protesto na Praça Santos Andrade | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

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