Foz do Iguaçu Os servidores públicos do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) prometem voltar às atividades normais amanhã, depois de cinco dias de paralisação nacional. No Paraná, em greve desde sexta-feira, os cerca de 180 funcionários aguardam os resultados da reunião agendada para amanhã, em Brasília. Líderes do movimento se encontram com representantes do Ministério do Planejamento para uma nova negociação da pauta de reivindicações. Caso a proposta do governo não seja aprovada, prometem estender a greve por tempo indeterminado a partir do dia 6.
De acordo com a assessoria de imprensa do Dnit no estado, os reflexos da paralisação ainda são pequenos, mas atingem principalmente os motoristas que têm prazo para recorrer de multas por infrações cometidas nas rodovias federais. Estão prejudicadas também as liberações para o transporte de cargas perigosas pelas estradas do país. Ainda segundo a assessoria, os prejuízos só não são maiores porque no momento nenhuma obra de responsabilidade do órgão federal está em andamento no Paraná, porém os processos de licitação permanecem parados e correm o risco de já começarem com atraso. Apenas as obras emergenciais deverão ser atendidas.
Entre os pedidos, a categoria exige urgência na implantação do projeto de reestruturação da autarquia federal, quem em 2002 ganhou novas atribuições com a extinção do Dner (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem). "Além das rodovias, o Dnit ficou responsável também pela manutenção das hidrovias, portos e ferrovia e pela parte burocrática", citou o vice-diretor da Associação dos Servidores do antigo DNER no Paraná (Asdner), Alci Eduardo Gomes. O movimento atinge a superintendência em Curitiba e todos os oito escritórios espalhados pelo estado Foz do Iguaçu, Colombo, Campo Mourão, Laranjeiras do Sul, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Londrina e Pato Branco.
PAC
Lembrando que o Dnit é o "principal vetor" do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Gomes observa que a contratação de técnicos e especialistas, principalmente para os projetos envolvendo as hidrovias e ferrovias, é essencial. "Acabamos absorvendo outros dois setores sem que com isso houvesse uma preocupação com o quadro de funcionários e as condições de trabalho", apontou. O projeto de reestruturação aprovado pelos servidores, garante, foi encaminhado ao Ministério dos Transportes ainda em fevereiro, sem que até então houvesse qualquer resposta favorável do governo, através do Ministério do Planejamento.