Polícia Ferroviária isola escada rolante que dá acesso a entrada para as plataformas da CPTM, na estação Itaquera| Foto: Rivaldo Gomes - Folhapress

No terceiro dia de greve do metrô, um princípio de tumulto foi registrado na manhã deste sábado (7) na estação Paraíso (zona sul de São Paulo).

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Segundo a Polícia Militar, um grupo de cerca de 20 metroviários segurava as portas dos trens para que eles não saíssem. Com a chegada da polícia, houve um pedido de liberação do local, que foi acatado. Os grevistas, então, saíram da estação. No local, a Folha encontrou grevistas que confirmaram o fato, mas negaram que estavam com o grupo que tentava impedir a saída dos trens.

Na estação Tatuapé os portões estão fechados porque não há funcionários suficientes para operar o metrô. Segundo o Metrô de São Paulo, o sistema opera com duas linhas liberadas (a 5-lilás e a 4-amarela, que é privatizada). As demais, operam de forma parcial: a linha 3-vermelha vai da Bresser-Moca à Santa Cecília; a linha 2-verde da Ana Rosa à Clínicas; e a linha 1-azul da Ana Rosa à estação Luz.

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A estação Ana Rosa foi aberta há cerca de uma hora, com a ajuda da PM. Quem chegou na estação neste sábado a encontrou estação fechada até às 8h50.

Segundo um funcionário do metrô, cerca de 60 grevistas impediram o funcionamento da estação, que deveria ter aberto às 5h. A reportagem chegou às 4h30 à Ana Rosa. Por volta das 7h, um grupo de dez policiais deixava o local.

Não foi possível ter acesso ao interior da estação mas, segundo funcionários, a PM intermediou o diálogo entre grevistas e pessoas da chefia, que momentaneamente, exercem a função de operadores de trem. Não houve confrontos no local.

Os trens da CTPM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) operam normalmente neste sábado.

Com a continuação da paralisação hoje, essa já é a greve mais longa da categoria ao menos nos últimos 15 anos. A segunda mais longa no período aconteceu em agosto de 2007, quando os metroviários pararam por dois dias.

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Os metroviários se reuniram nesta sexta com representantes do Metrô, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), mas não houve avanço nas negociações. Com isso, a Justiça deve julgar a legalidade da greve no domingo (8).

Na sexta-feira, as três principais linhas de metrô funcionaram parcialmente e o trânsito voltou a registrar índices recordes pela manhã. Também houve piquete por parte dos grevistas, que acabaram sendo retirados da estação Ana Rosa por policiais militares. Foram usadas bomba de gás e balas de borracha. Ao todo, 4,6 milhões de pessoas foram afetadas, segundo o Metrô.