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Quatro escolas particulares de Curitiba, entre elas os grupos Bom Jesus e Opet, adiaram em uma semana o fim das férias. O início do segundo semestre letivo, que deveria ocorrer hoje, foi transferido para a próxima segunda-feira, dia 3. A medida visa evitar a contaminação dos estudantes pela Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, uma vez que o vírus circula livremente no país.
Outros colégios particulares da capital retomam normalmente as aulas hoje. Alguns, como o Santa Maria, instalaram álcool em gel nas salas, para a higienização das mãos, e enviaram alertas aos pais. A recomendação de algumas escolas é que crianças e adolescentes que tenham viajado para áreas de risco evitem frequentar as aulas.
A Secretaria Estadual da Saúde recomenda que apenas os alunos com sintomas de gripe não frequentem as aulas. O Ministério da Saúde deixou a cargo dos estados a decisão sobre o fechamento de estabelecimentos escolares.
O grupo Bom Jesus decidiu só no sábado pela manhã fechar por uma semana as oito unidades escolares em Curitiba e região metropolitana, onde estudam 10 mil alunos. As unidades de Paranaguá, Rolândia e Rio Negro, no interior do estado, também não funcionam nesta semana. Em Santa Catarina, onde o grupo atende 5 mil alunos, a volta às aulas igualmente foi adiada em uma semana. O grupo escolar não descarta a hipótese de suspender as aulas em estabelecimentos no Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. As escolas curitibanas Anjo da Guarda, Trilhas e Opet já haviam anunciado o adiamento do reinício do período letivo.
O médico pediatra e coordenador do Departamento de Saúde Escolar do Grupo Bom Jesus, José Francisco Klas, explica que o prazo de suspensão das aulas pode ser ampliado, dependemos da orientação dos órgãos de saúde e autoridades. "Já é um consenso entre especialistas que um adiamento de apenas sete dias não é suficiente", diz. O médico reforça que a medida é preventiva e "não houve registro de casos de gripe dentro da escola". Outra recomendação de Klas é que os alunos evitem aglomerações públicas nesse período, como ida a shoppings, cinemas e outros. "É um tempo para ficar o máximo dentro de casa e garantir a eficácia da prevenção", diz.
No dia 17 de julho, a prefeitura de Curitiba determinou que as aulas nas escolas municipais recomecem no dia 4 de agosto, um dia depois do previsto em calendário escolar. Isso dará tempo para que os professores sejam treinados e orientados a identificar sintomas da gripe. Já as 2,1 mil escolas da rede estadual retornaram às aulas na quarta-feira da semana passada.
Conscientes
A infectologista Marta Fragoso afirma que a medida de adiar as aulas por uma semana é válida no caso de crianças pequenas. Isso porque elas ainda não estão conscientes sobre a necessidade de ter cuidados para evitar o contágio. "Crianças menores se abraçam muito, não tem muita noção sobre a prevenção da gripe A e não vão lavar as mãos a todo momento, por exemplo."
Marta acredita, por outro lado, que as maiores de dez anos já possuem essa capacidade. "Minha filha tem 13 anos. Vai hoje para a aula com todas as orientações e um frasco de álcool em gel."
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