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Segurança

Grupo começa adaptação a Catanduvas

Cascavel – Os 164 agentes penitenciários (144 homens e 20 mulheres) que irão trabalhar na penitenciária federal de Catanduvas, no Oeste do Paraná, começam amanhã a fazer o reconhecimento da unidade e também dão início ao processo de adaptação à cidade, já que a maioria deles é proveniente de outras regiões do país. A inauguração deve ocorrer no dia 23 de junho, com a presença quase certa (embora não confirmada oficialmente) do presidente Luís Inácio Lula da Silva. Os presos começarão a ser transferidos para a prisão paranaense na segunda quinzena de julho.

O grupo de agentes se formou na semana passada, depois de nove semanas de treinamento em Brasília. Catanduvas é a primeira de cinco prisões federais de segurança máxima que serão construídas no país. Com elas, o governo espera isolar líderes de facções como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e desarticular a organização do crime organizado dentro dos presídios brasileiros. Por conta disso, os agentes penintenciários passaram por capacitação rigorosa, a cargo da Gerência Penitenciária de Operações Especiais (GPOE), órgão vinculado à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e considerado uma referência nacional na área.

Capacitação

As disciplinas práticas envolveram o manuseio de armas, defesa pessoal, gerenciamento de crise, primeiros socorros, informações sobre tóxicos e entorpecentes e qualidade de atendimentos. Já a parte prática do curso esteve focada em disciplinas relacionadas aos direitos humanos e cidadania, Direito Penal, Lei de Execução Penal Aplicado e Direito Administrativo. O salário dos agentes, selecionados por concurso público, é de R$ 3,8 mil.

Até agora, a unidade, que terá 12.700 metros quadrados de área construída, está sem nenhum equipamento eletrônico de segurança. Até o início das atividades na prisão, devem ser instaladas mais de 200 câmeras que vão seguir praticamente todos os passos de presos, além dos aparelhos de raio-X. O presídio terá 200 celas individuais e uma infra-estrutura de segurança inédita no país, com equipamentos como o espectrômetro, aparelho que identifica vestígio de drogas ou explosivos nas roupas de presos e visitantes.

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