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A UTFPR teve dois dias de paralisação contra as medidas do governo Temer: maioria dos estudantes, professores e técnicos foi contra ocupação. | Diego Pisante/Arquivo/ Gazeta do Povo
A UTFPR teve dois dias de paralisação contra as medidas do governo Temer: maioria dos estudantes, professores e técnicos foi contra ocupação.| Foto: Diego Pisante/Arquivo/ Gazeta do Povo

Cerca de 70 membros do movimento estudantil tomaram o campus Curitiba da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR), na Avenida Sete de Setembro, por volta das 23 horas desta sexta-feira (18). O ato ocorreu logo depois do último horário de aulas. Estudantes contrários à ocupação do prédio se manifestaram verbalmente, mas não chegou a haver agressão ou danificação de portas por parte dos invasores, como na invasão do campus Santos Andrade da Universidade Federal do Paraná (UFPR), dia 4 de novembro. Discutida em assembleias internas em dois momentos, a ocupação do campus Centro da UTFPR havia sido descartada pela maioria dos estudantes.

Uma foto publicada pela página “Ocupa UFPR”, no Facebook, mostra duas pessoas com rosto coberto usando blocos de concreto para obstruir uma porta do prédio. Parte do grupo que participou da tomada do campus usava máscaras. Até a publicação deste texto, a Polícia Militar não havia sido acionada para acompanhar o caso.

Em outra página do Facebook, “Ocupa UTFPR - CWB”, foi apresentado um manifesto que seria do grupo que tomou o prédio da universidade. Auto definido como “parte do movimento estudantil da UFPR”, o grupo disse ter decidido ocupar o campus “como forma de manifestação contra a PEC 55 (antiga PEC 241), e em apoio as/aos secundaristas na sua luta contra a MP 746 (que restringe a obrigatoriedade do ensino de arte, filosofia, sociologia e educação física, entre outras medidas) e a PL 221 (conhecida pelo apelido de “Escola sem partido e/ou Lei da mordaça”)”.

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A presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UTFPR, Ana Carolina Spreizner, disse à Gazeta do Povo que o grupo é composto por estudantes ligados a movimentos independentes. Ou seja, sem ligação a centros acadêmicos ou ao diretório.

O DCE se reunirá na manhã deste sábado (19) para organizar uma assembleia extraordinária para discutir a ação do grupo de estudantes e se a ocupação deve ser levada adiante. Em duas assembleias anteriores, alunos, professores e técnicos decidiram contra a ocupação – especialmente em fim de semestre. Foram apenas realizados dois dias de paralisação, restritos aos professores e técnicos.

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Na noite de 4 de novembro, a direção da UTFPR chegou a determinar a evacuação do campus Curitiba para evitar que o prédio fosse invadido. A medida foi tomada para garantir a realização no local do Enem, que ocorreria nos dois dias seguintes. A prova foi aplicada sem problemas.

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