A sócia administrativa e três funcionários da faculdade particular Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (Cescage) foram presos com mandados de prisão temporária ontem em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, acusados de fraudes cometidas na administração da instituição. Contra o grupo são apurados os crimes de formação de quadrilha, falsidade documental, estelionato e lavagem de dinheiro. Eles são acusados de envolvimento no desvio de R$ 40 milhões da instituição.
As prisões ocorreram entre a madrugada e a manhã de ontem e, logo no início da tarde, os acusados foram transferidos para o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) em Curitiba, que realizou a operação. O delegado do Cope, Cassiano Lourenço Aufiero, informou que os desvios vêm ocorrendo há quatro anos, mas que a investigação tomou força há dois meses após a comprovação de falsificação de assinatura do sócio da instituição, o desembargador José Sebastião Fagundes Cunha. O advogado dele, Gustavo Swain Kfouri, disse que as ações fraudulentas não tinham o consentimento de Cunha.
A sócia administrativa, Júlia Streski, que é ex-esposa do sócio Fagundes Cunha, a diretora financeira, Ivete Marcowicz, a contadora Zilmari Viechinieski, e o consultor Jorge Karan, estão presos temporariamente por cinco dias, mas a prisão pode ser prorrogada por igual período.
Apesar do transtorno gerado pela operação na faculdade, as aulas do período da manhã não foram interrompidas. O Cescage foi fundado em 1999 e é a principal instituição privada dos Campos Gerais. Tem três câmpus, cerca de três mil alunos e 400 funcionários.
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