Em protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, 9 manifestantes chegaram a fechar por cerca de 5 minutos a pista local marginal Pinheiros, no sentido Castello Branco, na tarde deste sábado (8). Usando máscaras e carregando cartazes, os participantes do ato estenderam uma faixa bloqueando o tráfego na região da estação Berrini da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A Polícia Militar interveio e liberou a pista minutos depois. Um dos manifestantes foi detido por desacato.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), não houve registro de lentidão no trecho. A manifestação, organizada pelos grupos Anonymous e Movimento Mudança Já, foi divulgada nas redes sociais, em que os grupos sugerem também uma campanha de boicote que consiste em pagar as passagens de ônibus, trem ou metrô com notas de R$ 20 e R$ 50, com o intuito de deixar a bilheteria sem troco e "passar de graça".
As passagens que eram R$ 3, foram reajustadas para R$ 3,20 no último domingo. O reajuste foi de 6,7%. No caso do ônibus, cujo valor da passagem não era corrigida desde janeiro de 2011, o valor ficou bem abaixo da inflação acumulada no período.
Este foi o terceiro dia seguido de protesto contra o aumento das passagens em São Paulo. Na noite de ontem, um protesto do Movimento Passe Livre reuniu 4 mil pessoas, partiu do largo da Batata e seguiu por vias como a Brigadeiro Faria Lima, Eusébio Matoso, marginal Pinheiros e avenida Paulista. A cidade registrou a terceira maior lentidão do ano, com 226 km de filas às 18h30, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Os dois primeiros dias foram marcados por atos de vandalismo e confronto com a polícia, que tentou conter o grupo com bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borrachas. O Metrô de São Paulo estimou em R$ 73 mil os prejuízos no primeiro dia, sendo R$ 68 mil em vidros quebrados e R$ 5 mil com luminárias danificadas.
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