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São Paulo – O grupo empresarial Iesa, um dos envolvidos na máfia dos estaleiros, mantém negócios com o governo federal na área de rodovias. Levantamento feito no Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro (Siafi) mostra que, além de receber verbas da Petrobrás, o grupo possui contratos de altos valores com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DniT). Análise das notas de empenhos e ordens bancárias feita pelo site Contas Abertas, mostra que a Iesa recebeu desde 2005 R$ 4,6 milhões. Desse total o DNIT liberou R$ 1,6 milhão em 2007.

Os serviços descritos nos empenhos são obras de construção do Contorno Ferroviário de São Francisco do Sul (SC) e obras de ampliação e modernização rodoviária da BR-101, Corredor Florianópolis-Osório (RS). O contorno de São Francisco do Sul está avaliado em R$ 34 milhões e será executado pela Iesa Projetos, Equipamentos e Montagens.

O levantamento do Siafi revela que existem no DNIT R$ 16,1 milhões em empenhos (como são chamadas as reservas orçamentárias), desde março de 2005, para a Iesa.

Segundo o Contas Abertas, a empresa tem também convênio com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. A CNEM reservou R$ 343,3 mil no fim do ano passado para a Iesa realizar obras numa unidade da comissão em São Paulo.

Com sede em Araraquara (SP), a Iesa Projetos é a empresa-mãe da Iesa Óleo & Gás, que teve contratos irregulares com a Petrobrás descobertos pela Operação Águas Profundas da PF. A denúncia diz que a Iesa participava de fraudes em licitações e contratos da Petrobrás em parceria com a Angraporto e o estaleiro Mauá Jurong Um deles foi o de reforma da P-14, no valor de R$ 92 milhões.

Em nota, a empresa repudia as acusações e garante que venceu as disputas de forma legal e com menor preço.

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