A União Juventude e Liberdade (UJL), entidade estudantil de viés liberal, teve uma bandeira arrancada e rasgada por militantes de esquerda da União da Juventude Rebelião (UJR) na última quinta-feira (2) durante a Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio de Janeiro. Estudantes da UJL também alegam que dois membros do grupo foram agredidos fisicamente e registaram boletim de ocorrência do caso.
Durante o evento, integrantes do grupo liberal portavam uma bandeira de Gadsden, que possui a imagem de uma cascavel e a frase "Don’t Tread On Me" (em português, “Não Pise Em Mim”). “Eles alegaram roubar nossa bandeira por ser um símbolo nazista, sendo que não é e fizemos um post explicando seu verdadeiro significado”, informou a coordenação de comunicação da entidade.
Depois do episódio, o grupo acusado do vandalismo se posicionou pelo Instagram: “Com a UJR, fascista não se cria! Durante a 13° Bienal da União Nacional dos Estudantes a União Juventude Liberdade abriu uma bandeira utilizada por neonazistas norteamericanos. Fascistas não serão tolerados e serão tratados como merecem”.
Já a UJL afirmou, pela rede social, que a bandeira de Gadsden é “sobre amor e liberdade”. O símbolo tem relação com a fundação dos Estados Unidos e é associado a ideias do libertarianismo. “Criminalizar esse símbolo é a tentativa de criminalizar o movimento liberal. Comunistas e socialistas sabem de tudo isso, e a repetição insistente e mentirosa é a principal estratégia para a criação dessa narrativa sem pé nem cabeça. Libertários não acreditam em fronteiras e amam a livre migração”, disse a organização.
Quem são as entidades
A UJL afirma em seus canais que luta pelas liberdades individuais e defende a liberdade de expressão, de imprensa e de mercado. Também tem como bandeiras a defesa da propriedade privada e da educação sexual, o combate à "LGBTfobia" e à pedofilia. Apesar de ser associada a pensamentos de direita, a organização não é conservadora.
Já a UJR é um grupo simpático ao socialismo que tem como “guia para a ação as ideias revolucionárias de Marx, Engels, Lenin, Stalin e Che Guevara”.
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