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Operação Azov

Grupo neonazista do Sul é suspeito de recrutar brasileiros para lutar na Ucrânia

Material que faz apologia ao nazismo foi apreendido em operação da polícia do Rio Grande do Sul | Polícia Civil do Rio Grande do Sul/Divulgação
Material que faz apologia ao nazismo foi apreendido em operação da polícia do Rio Grande do Sul (Foto: Polícia Civil do Rio Grande do Sul/Divulgação)

Um homem de 26 anos foi preso na quinta-feira (8) suspeito de integrar um grupo neonazista no Rio Grande do Sul. A polícia investiga se a organização está ligada a uma facção no Brasil que recruta jovens para lutar na guerra civil da Ucrânia, no leste europeu. Esse grupo é monitorado pela polícia há 15 anos e há suspeita que estejam ligados ao Misanthropic Division (MD), um grupo paramilitar ucraniano, que possui os mesmos ideais de pureza racial, tendo como alvos negros, judeus e homossexuais.

O objetivo da ação, segundo o titular da 1.ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, delegado Paulo César Jardim, foi desarticular um movimento armado que faz apologia ao nazismo no Sul do Brasil. Com o rapaz, policiais civis apreenderam munições e material que faz apologia ao nazismo. A prisão, em flagrante, aconteceu em Cruz Alta, na região noroeste do Rio Grande do Sul. No total, foram cumpridos oito mandados nas cidades de Cruz Alta, Caxias do Sul, Passo Fundo, Erechim, São Nicolau, Viamão e Canoas, na região metropolitana da capital gaúcha.

Durante o cumprimento das diligências, agentes da Polícia Civil apreenderam documentos, computadores e materiais que cunho nazista, como propagandas de um grupo intitulado “White Power Sul Skin” e o livro de Adolf Hittler, “Mein Kampf” (Minha Luta), além de 47 estojos de balas para pistolas 9 mm. “Este grupo possui os mesmos ideais de Hitler, tendo como alvo a eliminação de negros, judeus e homossexuais”, afirmou o delegado Paulo César Jardim.

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