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Operação Ares 2

Grupo que atuava em Foz abastecia favelas cariocas com armas

Armas e munição apreendidas pela Polícia Federal na Operação Ares 2 | PF/Divulgaçã
Armas e munição apreendidas pela Polícia Federal na Operação Ares 2 (Foto: PF/Divulgaçã)

Quatro pessoas foram presas ontem, durante a Operação Ares 2, suspeitas de integrar uma quadrilha de traficantes de armas. Uma pessoa foi detida em Foz do Iguaçu e as outras no Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Federal, o grupo era responsável por fornecer armamentos de uso restrito e com grande poder de destruição para quadrilhas que atuam em favelas cariocas.

O homem preso em Foz seria o responsável por trazer as armas do Paraguai. Depois de entrar no país, o armamento seguia para o Rio escondido na parte interna de veículos de passeio. O chefe da quadrilha e destinatário das armas era morador de São Gonçalo, na Baixada Fluminense, e atuava na área de transporte alternativo para lavar o lucro com o tráfico de armas.

A polícia tinha mandado de prisão para o homem, mas quando a polícia chegou ao condomínio em que residia ele já havia fugido. O suspeito foi avisado pelo porteiro da ação policial. A mulher, o filho e o pai foram detidos, este último, preso em flagrante por possuir em casa munição e armas de fogo, inclusive um revólver Magnum 44, de calibre restrito. O porteiro foi conduzido à Superintendência da PF no Rio, onde será lavrado termo circunstanciado por favorecimento pessoal.

Apreensões

As investigações foram iniciadas em outubro de 2008 com a apreensão de 25 armas em Foz. O arsenal era composto por pistolas automáticas 9mm de fabricação israelense, austríaca e argentina, quatro revólveres calibre 44, da marca Magnum e uma submetralhadora Mac 10 israelense.

Na última terça-feira, a Delegacia de Polícia Federal em Cascavel apreendeu em um carro dois fuzis de calibre 7,62 e 5.56, duas metralhadoras 9 mm, duas pistolas 9 mm e carregadores diversos. O armamento é de uso restrito das Forças Armadas.

A PF calcula que, com as apreensões de armas e bens feitas ao longo das investigações, a quadrilha tenha tido prejuízo de cerca de R$ 500 mil.

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