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investigação

Grupo que planejava terrorismo na Rio-2016 cogitou o uso de armas químicas

Segurança reforçada no Rio de Janeiro durante a Olimpíada | Christophe Simon/AFP
Segurança reforçada no Rio de Janeiro durante a Olimpíada (Foto: Christophe Simon/AFP)

Os suspeitos presos antes da Rio-2016, acusados de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, discutiram a possibilidade de usar armas químicas para contaminar uma estação de água durante os jogos. Os investigadores da Operação Hashtag encontraram mensagens de texto em aplicativos de conversa nos celulares apreendidos pela Polícia Federal de Brasília que indicou o plano.

Nas trocas de mensagens, um dos suspeitos diz que “as Olimpíadas seria uma ótima chance” para ataques. Outro integrante sugere o uso das armas químicas: “Já imaginaram um ataque bio químico, contaminar as águas em uma estação de abastecimento de água por exemplo?”.

A Polícia Federal indiciou 15 pessoas por organização criminosa suspeitas de querem praticar ataque terrorista no Brasil. Outras quatro pessoas seguem sendo investigadas.

Ao todo, 14 pessoas continuam presas e estão detidas em um presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. As prisões da Hashtag foram as primeiras feitas com base na nova lei antiterrorismo, sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff, em março deste ano. Um dos suspeitos de integrar o grupo foi preso em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.

A operação Hastag iniciou em abril com o acompanhamento de redes sociais por parte de policiais da Divisão Anterrorismo da PF (DAT) e contou com a cooperação de serviços de inteligência de outros países. Os envolvidos participavam de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e planejavam adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil e no exterior.

Segundo o Ministro da Justiça, Alexandre Moraes, à época chegaram a ser interceptadas mensagens dos integrantes do grupo do Whatsapp comemorando os atentados terroristas em Nice, na França, no qual ao menos 86 pessoas morreram.

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