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Um grupo internacional que fraudava o fisco foi desarticulado pela operação Columbus da Polícia Federal (PF) em parceria com a Receita Federal e o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos ontem. Ao todo, 39 mandados de busca e apreensão foram cumpridos e oito pessoas presas, sendo uma em Curitiba, três em Foz do Iguaçu e as outras quatro em São Paulo. Elas são acusadas de fazer parte de um esquema que movimentava cerca de US$ 250 milhões (cerca de R$ 500 milhões) e que sonegava R$ 50 milhões por ano.

As investigações iniciadas há um ano e quatro meses apontam que o grupo possuia empresas no Brasil, Estados Unidos, Taiwan e Holanda. Os integrantes utilizavam-se de empresas em nome de laranjas para importar legalmente para o Brasil produtos eletrônicos e bens de informática. Ao chegar, entretanto, as mercadorias eram comercializadas no varejo ilegalmente, já que o imposto era sonegado e os produtos vendidos sem nota fiscal.

Uma das técnicas utilizadas pelo grupo era trocar as embalagens dos produtos no Brasil. Assim, era mais fácil ocultar os verdadeiros pólos das transações comerciais, quebrar a cadeia de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e lesar o fisco. "Eles faziam isso porque há leis estaduais que limitam cotas de comercialização de produtos industrializados", explica o delegado responsável pelo caso, Omar Gabriel Haj Mussi. Segundo Mussi, uma das principais rotas de entrada era o Porto do Espírito Santo. Em seguida, as mercadorias eram enviadas a Minas Gerais para serem "nacionalizadas".

"Era um esquema muito sofisticado e complexo. Era uma organização criminosa poderosa com ramificações em todo o mundo e que utilizava produtos com alto valor agregado para lucrar e causar prejuízos à sociedade", afirma o presidente do Instituto Brasil Legal (IBL), Edson Luiz Vismona.

"Só comparando os valores que essa quadrilha movimentava com este montante, dá para se ter uma idéia da importância de sua desarticulação", diz. De acordo com a PF, o grupo vinha agindo há cerca de cinco anos. "Nos chamou atenção o crescimento asssombroso do patrimônio desse grupo, por isso, começamos a investigar", afirma Mussi.

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