"Não tenho braço para tanto", avisou a fisioterapeuta Denise Zanatta, logo que foi escalada para trabalhar na Unidade de Saúde Orleans, na divisa de Curitiba com Campo Largo, no fim do ano passado. Ela se assustou com a quantidade de mulheres da terceira idade inscritas no programa de atendimento a hipertensos e diabéticos na região. Mais de 50 deles não perdem as atividades físicas ali oferecidas e seria impossível dar acompanhamento individual.
Em poucos meses, o braço de Denise deu conta do serviço. Pelo menos na hora em que percebeu que a graça dos encontros não era necessariamente o atendimento individualizado, mas as atividades coletivas na sala de catequese, onde promove sessões de alongamento, ou nas caminhadas. É quando saúde se conjuga com sociabilidade e apoio psicológico. Em outras palavras uma festa.
Para os hipertensos e diabéticos, grande maioria do grupo, as recomendações são claras. Além dos alongamentos, fazer exercícios aeróbicos para manter o peso, ativar a circulação sangüínea, reduzir a glicose, melhorar o condicionamento. Como reina no local uma certa informalidade, típica dos grupos de terceira idade, os participantes trazem um arsenal de perguntas sobre como lidar com a dor provocada nas atividades domésticas. "Todos os dias alguém me pergunta como resolver problemas nos joelhos ou ombros. É uma geração que trabalhou pesado e traz seqüelas", qualifica Denise, sobre sua clientela na fase dos 60-70 anos.
As questões são conhecidas: dores nas costas, tendinites, males decorrentes da idade, mas também incômodos causados por postura errada no tanque, na mesa de passar roupa e pela resistência em adotar práticas corriqueiras, como dar uma esticada terapêutica nos braços e nas pernas. "Aviso que não é educação física e passo alongamentos simples. São para prevenir e aliviar dores. Difícil encontrar um deles que não tenha queixas. Mas estão abertos a mudanças", explica a fisioterapeuta.
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