O assassinato de cinco moradores de rua da capital baiana durante a greve da PM, fez a Polícia Civil priorizar as investigações das mortes com indícios de extermínio durante a duração da paralisação. Quatro foram mortos, no bairro do Imbuí - próximo à Avenida Paralela, via expressa que liga o aeroporto ao centro - e uma mulher, na Praça da Piedade, centro de Salvador.
Ninguém foi preso como autor dos assassinatos. Embora a polícia trabalhe com a hipótese de que esses crimes teriam sido praticados por seguranças clandestinos contratados por comerciantes vítimas de pequenos furtos, a Secretaria de Segurança Pública e o Ministério Público têm investigado a participação de policiais nesses crimes.
A última grande operação contra a atuação dos grupos de extermínio ocorreu em abril do ano passado e resultou na prisão de sete pessoas, entre as quais um delegado de polícia. Batizada de "Pojuca" a operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público baiano (Gaeco/MP-BA) e Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil prendeu o delegado do município de Gandu, Madson Santos de Barros, o soldado PM Manoel Santos de Jesus, o ex-carcereiro Milton de Jesus e os ex-agentes de proteção da infância Edmilson Ferreira Ramalho, Jimi Carlos Jardim, José Sérgio dos Santos de Jesus, João Batista Neto e Paulo César Góes Dias.
O grupo é acusado de eliminar os que "incomodavam" pessoas de alto poder aquisitivo ligados ao bando no município de Pojuca. Um desses "incômodos" seria o traficante Marcos José dos Santos Barbosa, assassinado em 2009 pelo bando, afirmam as autoridades.
Inquérito
Em janeiro do ano passado a Procuradoria da República na Bahia (PR-BA) resolveu instaurar um inquérito civil público para investigar a atuação de grupos de extermínio no Estado, com suspeita de envolvimento de policiais militares. O procurador Domênico D'Andrea Neto, responsável pela investigação, cobra explicações aos órgãos estaduais de defesa dos direitos humanos sobre as providências que vêm sendo implantadas para impedir a execução de jovens, principalmente negros, pelos "esquadrões da morte". O inquérito ainda está em andamento.
Embora a Bahia não tenha estatísticas oficiais sobre crimes cometidos por grupos de extermínio no estado, entidades do Movimento Negro denunciam que as vítimas são quase sempre afrodescendentes e que a matança de jovens negros é promovida por integrantes de esquadrões da morte.
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