Cerca de 200 membros de comunidades tradicionais do Paraná se reuniram nesta semana em Curitiba para unir forças e reivindicar acesso à terra, infraestrutura, apoio financeiro e inclusão social. "Se formos sozinhos, ninguém nos ouve. Juntos, talvez alguém possa escutar", afirma o ilhéu e coordenador da Rede Puxirão, Antônio Tavares Irmão.
Ao todo, 11 grupos estiveram representados, entre eles quilombolas, índios caingangues, guaranis e xetás, pescadores artesanais, praticantes de religiões africanas candomblé e umbanda , cipozeiros, benzedores, faxinalenses e ilhéus do Rio Paraná. "O uso comum da terra, a prática de conhecimentos e saberes tradicionais, práticas religiosas de rituais, a relação com a natureza são aspectos que nos tornam tradicionais", afirma Rômulo Miranda, coordenador da Rede Puxirão e membro do Fórum Paranaense das Religiões de Matriz Africana.
Ontem, depois de uma passeata pela região central de Curitiba em que pediam reconhecimento e visibilidade, eles fizeram um ato de "limpeza" em frente da Assembleia Legislativa. Com baldes e vassouras protestaram contra a corrupção. Durante dois dias, eles ficaram acampados na frente do Palácio das Araucárias, no Centro Cívico, como parte do 1.º Acampamento de Povos e Comunidades Tradicionais do Paraná, organizado pela Rede Puxirão.
Na quarta-feira, 12 líderes do movimento se reuniram com o governo estadual para discutir uma proposta de lei estadual que os legitime. O governo se comprometeu a protocolar e encaminhar o documento ao Legislativo. "A lei será a garantia da nossa expressão cultural, de nosso modo de viver e da proteção de nossos territórios", considera Miranda.
Por se tratar de um grupo diverso, as reivindicações das comunidades acabam sendo diferentes entre si. Contudo, elas convergem em quatro grandes eixos: posse de terras, infraestrutura, fomento e inclusão social.
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