Chegou a dez o número de rodovias do estado com registro de interdição nesta sexta-feira (15) em atos pró-governo. A maioria deles foi liderado por integrantes do Movimento Sem-Terra (MST). No Paraná, as seis manifestações realizadas em rodovias federais do estado foram encerradas por volta das 14h. Os três protestos que começaram pela manhã em rodovias estaduais também foram finalizados próximo a este horário. Contudo, no meio da tarde, outro ponto de rodovia estadual passou a ter bloqueio.
Veja imagens dos atos no Paraná
O protesto que ocorria por volta das 16h40 era na PRC-280, entre Marmeleiro e Renascença, nas proximidades de Francisco Beltrão, na região Sudoeste. O km interditado no local é o 253. A informação é da Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
Atos em 11 estados
Onze estados já tiveram manifestações nesta sexta-feira contra o impeachment . A maior parte dos protestos foram liderados pelo MST.
Além do Paraná, os atos ocorreram também em São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe e Rio Grande do Sul de acordo com o portal G1. Em boa parte deles, manifestantes ligados ao MST levaram ao fechamento, ainda que parcial, de vias, levando a congestionamentos.
O MST também está lembrando os 20 anos da Chacina de Eldorado dos Carajás (PA), que faz aniversário no dia 17 (domingo), onde 21 integrantes do movimento foram mortos por policiais militares.
Manhã
Uma das primeiras interdições do estado foi em Curitiba, na BR-277 sentido Campo Largo e interior do Paraná. O ato interditou os dois sentidos da BR-277, na altura do quilômetro 100. Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estiveram no local. O protesto, que terminou por volta das 8 horas, provocou filas superiores a 10 quilômetros em ambos os sentidos. Segundo a PRF, cerca de 100 manifestantes participaram do ato.
Outro ponto que chegou a ficar bloqueado foi em Mauá da Serra, na BR-376, km 295. O trecho teve interdição total de pista por aproximadamente 400 manifestantes do MST e foi liberado por volta das 10h30.
O MST também se manifestou, até por volta das 12h30, na BR 277, km 476, no trevo de Quedas do Iguaçu, em Nova Laranjeiras.Cerca de mil trabalhadores rurais sem-terra participaram da manifestação. A interdição foi total.
Por volta das 13h30, foi liberado o trecho em São Miguel do Iguaçu, na BR-277, que estava bloqueado no km 704, com interdição total de pista na praça de pedágio. Aproximadamente 150 manifestantes do MST estavam no local.
Integrantes do movimento ainda fizeram ato na praça de pedágio de Jacarezinho, no quilômetro 1 da BR-153, no Norte do Paraná. O bloqueio foi total, em ambos os sentidos.
Cascavel
Cerca de 500 integrantes do MST ocuparam a praça de pedágio da BR-277 em Cascavel e liberaram os motoristas para seguirem viagem sem pagar a tarifa. A manifestação teve início por volta das 8h e foi encerrada por volta das 14h. De tempos em tempos eles bloqueavam a rodovia por determinado tempo e depois liberavam novamente.
A ação fez parte da mobilização nacional convocada pela Frente Brasil Popular. Segundo Eduardo Rodrigues Ferreira, da coordenação regional do MST, o pedágio é um símbolo de opressão na região e, por isso, o movimento costuma realizar manifestações nas praças onde as tarifas são cobradas.
Desde o massacre de Eldorado de Carajás, quando 19 sem-terra foram mortos em confronto com a Polícia Militar do Pará, abril se tornou um mês de lutas do movimento. Segundo o coordenador, em 2016 há outros motivos para protestar, entre eles a morte de dois sem-terra em confronto com a PM na semana passada em Quedas do Iguaçu, o massacre contra os professores que aconteceu em abril do ano passado em Curitiba e principalmente o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff que o MST chama de “golpe”.
Rodovias estaduais
Também foram bloqueados trechos em rodovias estaduais. Em Carambeí, na PR-151, 50 manifestantes liberaram as cancelas que ficam no km 304. A saída dos integrantes do movimento do local foi por volta do meio-dia.
Seguiram bloqueados até por volta das 14 horas os trechos da PRC-272, km 201, entre Mauá da Serra e Ivaiporã; e PR-445, km1, entre Mauá da Serra e Tamarana
Novos protestos
O MST continuará em vigília até a votação do impeachment e, se for necessário, haverá novos protestos. O coordenador regional em Cascavel diz que há um temor de que a votação de impeachment acabe se descambando para o lado violento. “O golpe além de político pode ficar mais forte e a gente vai ficar de vigília e em atenção para defender os interesses da classe trabalhadora”, diz Segundo ele, a escalada da violência contra movimentos sociais é grande no Brasil. “Esse fato que aconteceu em Quedas, que vem acontecendo de forma aparentemente isolada no Brasil inteiro, ataques às instituições indicais, às instituições partidárias, às pessoas que expressam uma posição contrária à elite brasileira, nós avaliamos como muito prejudicial. Essa escalada da violência é muito perigosa”, observa.
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