O reforço na fiscalização da fronteira do Paraná com o Paraguai foi um diferencial neste ano no combate ao crime organizado na região de Guaíra. Apesar de a polícia não dispor de números oficiais, há estimativas indicando que a cidade responde por 72% da droga apreendida no Paraná, por 46% da Região Sul e 22% de todo o país. Desde julho deste ano, a região conta com a Força Alfa, Companhia Independente de Fronteira criada pelo governo do estado para patrulhar os 170 quilômetros de extensão do Lago de Itaipu entre Foz do Iguaçu e Guaíra. São 80 policiais que atuam em operações em parceria com a Polícia Federal (PF).

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O delegado da PF em Guaíra, Érico Saconatto, diz que neste ano Guaíra bateu todos os recordes de apreensões. Até mesmo a apreensão de maconha, que teve queda em algumas regiões, incluindo Foz do Iguaçu e Ponta Porã (MS), aumentou em Guaíra. Para Saconatto, o resultado deve-se a dois fatores. O primeiro é que a entrada de drogas aumentou em vários pontos do país, resultado do aumento do consumo, estimulado pela estabilidade econômica. "A demanda por droga também tem relação com as condições econômicas", diz o delegado.

O segundo fator é a presença da Força Alfa, que passou a auxiliar as ações da PF. Com mais policiais em campo, a PF começou a priorizar o trabalho de inteligência, que resultou na desarticulação de quadrilhas e na apreensão de carregamentos volumosos de entorpecentes.

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Apesar da atuação da polícia, há quadrilhas de traficantes que ainda insistem em permanecer na região em razão da proximidade com a área produtora da maconha, que fica no vizinho Paraguai.