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Um guarda municipal que fazia a segurança do Centro Municipal de Urgências Médicas da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) foi assassinado na noite de quinta-feira (24) diante de aproximadamente 45 pessoas que estavam no local. Baleado com um tiro na cabeça e dois no peito, Aparecido José de Souza, de 57 anos, ainda chegou a ser socorrido no próprio posto de saúde, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o crime ocorreu por volta das 21h30. Um homem entrou na unidade de saúde, caminhou em direção ao guarda municipal, que estava na recepção, e após atirar três vezes contra a vítima, fugiu sem levar nada. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Defesa Social, médicos ainda tentaram reanimá-lo, mas ele entrou em óbito pouco antes das 22h30.

O caso foi encaminhado à Polícia Civil e será investigado por policiais da Delegacia de Homicídios. Procurado pela reportagem, o superintendente Odimar Klein informou que ainda não há suspeitas sobre os motivos ou a autoria do crime. "Estamos com uma equipe no local nesta manhã para colher pistas e ouvir testemunhas. Ainda é cedo para falar sobre detalhes do crime sob o risco de cometer algum equívoco", diz.

Souza era guarda havia 15 anos, era casado e deixa quatro filhos. Segundo a prefeitura, a segurança das instituições públicas municipais é feita por escala, de modo que ele trabalharia apenas nesta semana no Centro Municipal de Urgências Médicas da CIC, que funciona 24 horas por dia.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o atendimento no posto teve de ser suspenso entre 21h30 de quinta e 7 horas desta sexta-feira (25) para o trabalho de perícia da Polícia Científica. Os pacientes que precisaram de atendimento médico neste período e estavam ou procuraram o local foram encaminhados para o Hospital da Cruz Vermelha.

Não é a primeira vez

O assassinato de Souza lembra muito outro crime que ocorreu em julho deste ano, também na CIC. Na manhã do dia 12, o guarda municipal Mauro César Carvalho, de 43 anos, foi encontrado morto na Unidade de Saúde São José, onde fazia a vigilância durante a madrugada. Como o posto não é 24 horas, o corpo da vítima só foi descoberto por volta das 6 horas da manhã. No local, a Polícia Militar encontrou seis cápsulas de pistola calibre 380.

Carvalho levou quatros tiros, sendo um deles na cabeça. Nada foi levado da Unidade de Saúde, mas os criminosos roubaram o colete à prova de balas do guarda, o que caracterizou o crime como latrocínio (roubo seguido de morte). A vítima trabalhava na Guarda Municipal desde 1990.

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