Depois de duas liminares restringirem a greve dos policias civis e guardas municipais de Curitiba, as categorias foram às ruas ontem pela manhã. Os guardas municipais organizaram uma carreata com cerca de 50 veículos e percorreram as principais vias no Centro. O protesto causou pontos de lentidão no trânsito da região e irritação nos motoristas. Já os policiais civis reuniram-se na Boca Maldita, no Calçadão da Rua XV. Com uma catraca de ônibus, batizada por eles de "Portal da Insegurança", registraram o descontentamento da população com a atual política de segurança pública no estado na primeira hora de funcionamento passaram 200 pessoas pelo sistema.
Passadas as manifestações, as duas categorias prometem reagir a partir de amanhã. "A liminar não diz que nossa greve é ilegal. Manda garantir integralidade do serviço e isso é subjetivo. Podemos manter o serviço integralmente, mas com menos pessoas trabalhando. Se o sindicato tiver de pagar multa de R$ 10 mil, pagaremos", afirmou a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues dos Santos, que representa os guardas municipais. De acordo com ela, o sindicato deve entrar com um recurso contra a liminar amanhã.
O Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol) também promete recorrer da decisão judicial. Enquanto aguarda resposta, a categoria promete, a partir de amanhã, deixar de fazer a guarda de presos e escolta. "A liminar manda manter as atividades funcionais dos agentes policiais civis, mas a guarda e a escolta não são nossas funções. Na segunda-feira, vamos informar a nossa decisão à Secretaria de Segurança Pública e ao Departamento de Polícia Civil", explicou o presidente do Sinclapol, André Gutierrez.
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