Acampados desde o início do mês em frente da sede da prefeitura, os agentes da Guarda Municipal de Curitiba decidiram cruzar os braços a partir de segunda-feira, dia 22. A paralisação, que será por tempo indeterminado, foi decidida por unanimidade em assembleia no último dia 12. A categoria pede um salário-base de R$ 1,3 mil (sobre o qual incidiria a gratificação de 50% por atividade de risco), a cautela de arma (possibilidade de andar com a arma 24 horas por dia, como os policiais civis e militares), melhorias nos equipamentos públicos onde estão instalados, auxílio-alimentação e cursos e treinamentos.
A pauta de reivindicações foi apresentada em novembro. No total, são 14 itens, mas o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) afirma, por meio de sua assessoria de imprensa, que nenhum deles foi atendido. Motivada pela série de assassinatos de integrantes da corporação quatro no intervalo de seis meses , a mobilização da categoria teria ganhado força em razão da "intransigência" da prefeitura.
De acordo com a assessoria do Sismuc, a proposta da prefeitura é que a remuneração total (salário-base mais gratificação) chegue a R$ 1,3 mil até abril de 2011. O salário-base passaria de R$ 710,88 para R$ 774,88. O sindicato alega ainda que, sem a cautela de arma, os guardas muitas vezes são obrigados a portar armas particulares, o que é ilegal. A entidade diz ainda que faltam locais para descanso e refeições nos postos da Guarda Municipal. Além disso, para o Sismuc, o despreparo muitas vezes agrava os riscos a que os agentes estão expostos por não saberem reagir corretamente diante de situações de confronto.
Durante a paralisação, 30% do efetivo continuará trabalhando normalmente, para garantir o funcionamento mínimo do serviço, considerado essencial, e evitar que a greve seja julgada ilegal. Os agentes promoverão carreata amanhã, a partir das 9 horas, no centro da capital. O objetivo da manifestação é manter a população informada sobre o movimento.
Prefeitura
Para a prefeitura, conforme informou sua assessoria de comunicação, a proposta apresentada é "excelente, dentro das condições orçamentárias e da atual realidade nacional". Segundo a administração municipal, a proposta prevê aumento real e antecipa em um ano e oito meses a meta de elevar a remuneração da categoria para R$ 1,3 mil. O prazo previsto em compromisso com o Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) para atingir esse valor termina em dezembro de 2012.
Notificada ontem, a prefeitura decidiu não se posicionar ainda sobre a greve. Segundo a assessoria, a prefeitura ainda estuda as medidas cabíveis.
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