Guarda Municipal vai fazer patrulha escolar

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Duzentos guardas municipais de Curitiba estão sendo treinados para fazer a patrulha escolar nas 169 escolas da rede municipal de ensino. Eles iniciaram o curso de três dias sobre "Segurança Escolar" ontem na Pontifícia Universidade Católica (PUC), com aulas práticas em escolas onde os índices de violência são elevados. O objetivo é passar técnicas usadas pela Polícia Militar, no programa Patrulha Escolar, de como conter atos de vandalismo, furtos e depredações em escolas, entre outros crimes, além de orientar alunos, professores e a comunidade em situações de risco.

Atualmente, as 169 escolas municipais já têm cada uma o apoio de um guarda municipal durante o expediente. Mas eles têm como atribuição apenas cuidar do patrimônio existente nos prédios, o que vai mudar após o treinamento. Os locais também são monitorados com alarme, operado pela empresa Centronic Segurança e Vigilância.

Após ser invadida várias vezes nas férias, a Escola Municipal Eva da Silva – que tem cerca de mil alunos nos três turnos – foi uma das escolhidas para as aulas práticas. Segundo a prefeitura de Curitiba, a depredação causou prejuízo de cerca de R$ 3 mil. Durante a aula prática que aconteceu ontem na escola, os guardas fizeram uma análise minuciosa de todos os pontos de acesso, do muro, da área de estacionamento e dos locais mais sensíveis, como as salas de direção, secretaria e informática, entre outras.

Segundo a diretora da escola, Gisele Barone Faria, "o ideal seria ter um guarda municipal 24 horas por dia, o ano todo, inclusive no período de férias". Ela disse ainda que acha fraco o atendimento da empresa Centronic, que faz o serviço de monitoramento no local. "Eles sempre demoram para atender quando o alarme dispara. Num caso, eles chegaram 45 minutos depois", reclamou.

A prefeitura de Curitiba informou que vai contratar mais de mil novos guardas municipais nos próximos três anos para tentar resolver os problemas existentes. Um dos maiores é o aumento do número de ocorrências no mês de janeiro, quando os guardas municipais que cuidam das escolas tiram férias e os prédios ficam somente com o monitoramento eletrônico.

Segundo a prefeitura, houve 78 casos de furtos e invasões de escolas no segundo semestre do ano passado (de julho a dezembro de 2005). O número representa uma redução de 50,65% com relação ao mesmo período no ano de 2004, quando houve 154 casos. O prejuízo de cerca de R$ 200 mil foi pago por seguradoras contratadas pela empresa Centronic.