Os guardas municipais de Curitiba prometem entrar em greve a partir do próximo dia 22. A decisão foi confirmada depois de uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) na noite desta sexta-feira (12).
A reunião entre os representantes da categoria durou uma hora e contou com cerca de 300 participantes. A greve foi aprovada por unanimidade. A paralisação será iniciada apenas depois do Carnaval, pois o sindicato ainda vai notificar a Prefeitura de Curitiba da decisão. Mesmo com a greve, os guardas prometem manter 30% do efetivo nas ruas.
Apesar de a Prefeitura ter divulgado em seu portal, durante a tarde, que os guardas municipais terão aumento e melhorias, os servidores afirmam que nenhum acordo foi fechado. De acordo com o site da Prefeitura, a proposta oferecida foi de R$ 1,3 mil, salário que vigoraria a partir do mês de abril. "Para chegar a este valor, foi oferecido um ganho real de 6%, somado a uma reposição salarial, em abril de 2010, na data-base dos servidores, e o porcentual restante em abril de 2011", diz nota. O texto acrescenta que a melhoria é uma antecipação da Prefeitura, já que o prazo definido por decreto do Governo Federal é de que o reajuste fosse feito até 2012.
Para o Sismuc, que representa os guardas municipais, a Prefeitura manipulou os números. A categoria defende que o salário-base seja aumentado de R$ 710 para R$ 1,3 mil. Além disso, eles pleiteiam uma gratificação de risco de 50% sobre o piso. "O que a Prefeitura fez foi aplicar a gratificação sobre o antigo piso, de R$ 710, e acrescentar os 6% e reposições. O que nós queremos é o piso de R$ 1,3 mil, além da gratificação", informou a assessoria de imprensa do sindicato.
Neste sábado (13), às 19h, será realizada uma manifestação em frente à sede da Prefeitura, no Centro Cívico. O Sismuc anunciou que um bloco carnavalesco de protesto será organizado pelos guardas municipais.
Policiais também em greve
Os policiais civis do Paraná também vão entrar em greve depois do Cranaval. A paralisação por tempo indeterminado começa a partir da 0 hora do sábado após o carnaval(20). A decisão foi tomada após a última assembleia realizada pela categoria, feita na noite de quinta-feira (11), em Maringá (Noroeste). Antes disso, os sindicatos de Curitiba, Londrina (Norte) e Cascavel (Oeste) já haviam confirmado a paralisação. A principal reivindicação dos policiais é a criação do plano de cargos, carreiras e salários (PCCS).