Foz do Iguaçu Cinco guardas municipais de Foz do Iguaçu foram presos, ontem, durante a Operação Rapel, da Polícia Federal (PF). Os agentes cumpriram 13 mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão. Conforme as investigações, o grupo atuava há um ano e meio e era especializado no contrabando e descaminho de mercadorias do Paraguai. O esquema contava com o auxílio do aparato policial para o transporte dos produtos e escolta dos carregamentos.
Responsável pelo abastecimento de várias cidades do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, o grupo vinha sendo investigado desde o final do ano passado. Em nove meses, pelo menos 11 ações resultaram na interceptação de parte das mercadorias a maioria equipamentos de informática, além de armas. Dois dos guardas municipais presos já haviam sido flagrados em julho fazendo proteção de veículos carregados de contrabando. Mesmo afastados da corporação, Marcelo Yarid Enríquez e Alex Dalcin continuaram agindo.
Além deles, o inspetor Ubirajara Pigatto Ribeiro e os guardas Getúlio Antônio dos Santos e Ricardo Tadeu Cabral responderão administrativa e criminalmente pelas acusações. "Que estas prisões sirvam de exemplo para todos os outros. Este é o pior tipo de bandido. São pessoas travestidas de guardas municipais que não merecem e não honram a farda que vestem", aponta o comandante da Guarda Municipal (GM) e secretário municipal de Segurança, coronel Renato Ribeiro Peres. Ele afirmou que apesar das suspeitas desconhecia as investigações envolvendo o efetivo, que conta com 304 servidores.
Conforme o delegado de operações da PF em Foz do Iguaçu, Alexandre Noronha Dias, as investigações iniciadas pela Procuradoria de Investigações Criminais (PIC) apontavam que as mercadorias chegavam ao Brasil pela Ponte da Amizade. Acreditava-se que a quadrilha utilizava o rapel, prática em que caixas são amarradas por cordas e lançadas à margem do Rio Paraná. Os produtos, porém, ingressavam no território nacional em embarcações que cruzavam a fronteira à noite.
Dos depósitos nos bairros próximos, as mercadorias seguiam para outros pontos do estado em veículos de passeio que, para burlar os pontos de fiscalização ao longo da BR-277, transitavam por estradas rurais. A escolta era reforçada por viaturas da Guarda Municipal e toda a operação era conduzida com o auxílio de rádios-comunicadores sintonizados na freqüência da polícia. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos quatro automóveis, duas pistolas e uma espingarda, todas sem registro.
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