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Cerca de 190 guardas municipais paralisaram as atividades para protestar contra a falta de coletes à prova de balas dentro do prazo de validade. Situação foi resolvida com a entrega de novos equipamentos | Prefeitura de São José dos Pinhais / Divulgação
Cerca de 190 guardas municipais paralisaram as atividades para protestar contra a falta de coletes à prova de balas dentro do prazo de validade. Situação foi resolvida com a entrega de novos equipamentos| Foto: Prefeitura de São José dos Pinhais / Divulgação

Agentes da Guarda Municipal de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, cruzaram os braços desde a noite de segunda-feira (14) até a tarde desta terça-feira (15). A categoria optou pela paralisação como forma de protestar contra as condições dos coletes balísticos dos profissionais, que estavam com a data de validade vencida desde o ano passado. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura da cidade, os novos coletes foram comprados e entregues aos guardas no fim da tarde desta terça-feira (15). Com isso, a paralisação foi encerrada e o turno da noite da guarda começou normalmente.

O diretor da Guarda Municipal, coronel Altair Mariot, disse que a iniciativa da paralisação partiu dos próprios agentes. Os 190 guardas municipais ficaram fora de atividade, recolhidos na sede da corporação, na Secretaria Municipal de Segurança. Apesar do vencimento, Mariot ressalta que os coletes ainda estavam em condição de uso. "Quando ocorreu o vencimento comercial, foi feita uma série de testes e esses coletes ainda apresentavam aproveitabilidade, sem oferecer risco aos guardas", disse o diretor.

O coordenador da Guarda Municipal, Aloir de Barros, explica que os coletes são compostos por 12 camadas de fibras. Mesmo com as boas condições aparentes do equipamento de segurança, os guardas começaram a manifestar receio quanto ao uso dos coletes vencidos. Como a Guarda Municipal de São José dos Pinhais tem "poder de polícia", a segurança da cidade ficou comprometida nesta terça-feira.

"Os guardas usam isso [os coletes] na rua. Como fazemos papel de polícia, temos que ter segurança. Um colete vencido não é como uma carne ou um iogurte vencidos. É equipamento de segurança, então precisa ser prioridade", disse Barros.

A assessoria de imprensa da prefeitura de São José dos Pinhais informou que 200 novos coletes foram entregues no fim da tarde desta terça e disponibilizados já para as equipes de serviço da noite. Os equipamentos "possuem validade de cinco anos, são mais leves e possuem a mesma resistência que os coletes antigos, permitindo mais mobilidade aos guardas municipais", diz a nota.

Segundo o documento, o comando da Guarda Municipal realizou, em 19 de janeiro, teste balístico com os equipamentos que estavam em uso, através de tiros de armas de diferentes calibres (revólver 38, pistolas 380, .40 e 9 mm e metralhadora .40). Todos os coletes testados foram aprovados. O teste foi realizado no estande de tiros do 17º Batalhão da Polícia Militar, para comprovar a eficiência dos equipamentos.

Exército atrasou liberação dos coletes

O coronel Mariot informou que a compra dos novos coletes havia sido licitada, mas que o procedimento teve de ser cancelado, porque a empresa que fabricaria os equipamentos não atendeu a alguns requisitos. Segundo nota encaminhada pela prefeitura de São José dos Pinhais, a compra foi finalmente licitada em fevereiro deste ano, entretanto, o Exército Brasileiro – responsável por liberar a compra de equipamentos de segurança controlados – demorou a dar o aval à aquisição.

A prefeitura informou que a liberação do Exército só chegou à prefeitura na sexta-feira (11) e que os coletes devem ser entregues ainda nesta terça-feira à Guarda Municipal. Com isso, os agentes devem voltar à ativa, normalizando a situação.

O secretário municipal de Segurança, Marcelo Jugend, explicou ainda, através da nota da assessoria de imprensa, que os coletes dependiam de aprovação para início da fabricação. "Em um acordo com a empresa vencedora da licitação, os coletes já tiveram a fabricação iniciada. Com a aprovação do exército, o trâmite que poderia levar de 30 a 40 dias passou a menos de uma semana. "Como estamos submetidos a terceiros, era impossível definir datas precisas para a entrega dos coletes", disse ele, de acordo com a nota.

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