Pelo menos 150 guardas municipais fizeram um protesto em frente à prefeitura de Curitiba na manhã desta quarta-feira (2). O protesto foi pela morte de um guarda municipal na noite de terça-feira (1º). De acordo com a Polícia Militar (PM), Joel Franklin, 45 anos, foi encontrado morto no posto da Guarda Municipal do Parque Barreirinha, por volta das 19h30.
Ele foi assassinado com um tiro na cabeça. A arma particular e o colete balístico foram roubados, segundo a PM. Franklin foi o quinto guarda municipal assassinado no período de um ano na capital paranaense.
A primeira morte ocorreu em junho de 2009, quando um guarda municipal foi espancado em casa, no bairro Abranches. Em julho de 2009, outro servidor foi morto a tiros dentro da Unidade de Saúde São José, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), onde trabalhava. O terceiro assassinato foi registrado em setembro do ano passado, quando um guarda municipal estava de plantão no Centro Municipal de Urgências Médicas da CIC. E a quarta morte foi registrada em novembro de 2009 enquanto trabalhava na Escola Municipal Senador Enéas Faria, no bairro Cajuru.
Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), o guarda municipal trabalhava sozinho no local e é comum que o patrulhamento seja feito por apenas um servidor. Dessa forma, um dos objetivos do protesto é pedir que os guardas municipais trabalhem em duplas.
A concentração dos guardas municipais ocorreu em frente à sede da instituição, na Rua Presidente Faria, no Centro do capital, por volta das 9 horas. Os servidores caminharam até a frente da prefeitura ficaram no local até por volta das 14 horas desta quarta-feira.
Além disso, os guardas municipais querem a troca do comando da instituição. O secretário da Defesa Social é o coronel Itamar dos Santos. "Há algum tempo pedimos mais segurança para a Guarda Municipal e não fomos atendidos", afirmou a presidente do Sismuc, Marcela Alves Bomfim.
A assessoria de imprensa da prefeitura de Curitiba informou que a Secretaria da Defesa Social vai se manifestar sobre o caso apenas após o encerramento do inquérito policial aberto para investigar as circunstâncias da morte do guarda municipal.
Ainda segundo a assessoria da prefeitura, haveria uma reunião com representantes da guarda municipal, às 14 horas.