Com o tema "O que o nefrologista de adulto deve saber sobre as particularidades da criança renal crônica", o Hospital Pequeno Príncipe realiza, hoje, o Simpósio de Terapia Renal Substitutiva e Transplante Renal Pediátrico, a partir das 18 horas, no Estação Embratel Convention Center. Segundo a nefrologista e coordenadora do evento Rejane Meneses, existem poucos médicos dentro desta especialidade que tratam de crianças. O Brasil conta com 164 especialistas. Desses, oito estão no Paraná.
Rejane lembra que as campanhas de prevenção têm surtido efeito na população jovem e que o importante é conscientizar os pais e responsáveis sobre os sintomas que alertam para um mal futuro. Uma campanha realizada em abril deste ano, onde foram ouvidos 350 alunos de duas escolas uma pública e outra particular revelou que 20% tinham problemas de incontinência urinária; outros 20% registravam histórico de infecções urinárias; e 8% apresentavam hipertensão arterial. Esses podem ser sintomas de doença renal crônica.
A médica alerta que, se a criança não está crescendo conforme sua idade, se nunca melhora da anemia e tem infecções urinárias recorrentes, é hora de avisar o pediatra. "É preciso colocar na rotina dos exames infantis a medição da pressão arterial e exames periódicos de urina", avisa.
Ela conta que, dos 500 pacientes atendidos no setor de nefrologia do hospital, mensalmente, as alterações e má-formações do aparelho urinário respondem por 45% das consultas, acompanhadas de hipertensão arterial e diabete. A faixa etária mais atingida vai de 5 a 12 anos. Atualmente, são 80 crianças atendidas na diálise e 178 que realizaram transplantes e continuam em acompanhamento.