O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta quinta-feira (6) que ciclistas e pedestres “sabem se resolver” para se esquivar de colisões nas ciclovias que têm sido construídas nos canteiros centrais da cidade.
Conforme publicou o jornal O Estado de S.Paulo, antes mesmo da inauguração oficial da ciclovia no canteiro das Avenidas Amaral Gurgel e São João, embaixo do Elevado Costa e Silva, no centro da capital, marcada para domingo, há conflitos e riscos para pedestres, ciclistas e passageiros do transporte público.
Segundo Haddad, a Prefeitura vai instalar grades de proteção nos pontos de ônibus da via, nos moldes do que já é feito na ciclovia da Avenida Paulista. “Na Paulista, têm alguns locais que têm grade, que é justamente para garantir que esse suposto conflito seja equacionado”, disse.
Haddad não confirmou se a proteção da ciclovia na Amaral Gurgel estará instalada na data de inauguração. As barras de ferro vão proporcionar somente a “sensação de segurança”, de acordo com o prefeito.
“Não vejo problema de conflito entre pedestre e ciclista. As pessoas sabem se resolver”, afirmou. “Na (Avenida) Sumaré, temos esse tipo de situação e não há nenhum problema. O maior risco que existe é aquele que não está sendo divulgado, que é o ciclista na rua. Esse é o maior risco que nós temos na cidade. O ciclista no viário é um risco. E com a ciclovia, isso vai acabar”.
Questionado se o risco passa a ser do pedestre, ao disputar espaço do canteiro central com os ciclistas, Haddad limitou-se a dizer que “isso é o que está sendo apontado, mas não tem acontecido”.
O prefeito criticou a imprensa que, segundo ele, tem “apostado” nesse tipo de conflito nas ciclovias. “As manchetes dos jornais eram de que haveria conflitos entre pedestres e ciclistas. Essas apostas estão sendo desmentidas pelos fatos. E isso tem acontecido reiteradamente. Alguém vai ter que desistir uma hora, né? De apostar contra”.