O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), foram hostilizados após saírem de uma missa na Catedral da Sé, na região central, em comemoração ao aniversário da cidade, que completa 462 anos nesta segunda-feira (25).
Ao menos 20 integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) se reuniram em frente à catedral para aguardar a saída dos governantes. Quando Haddad parou para dar entrevista coletiva, uma garrafa pet foi atirada atingindo sua cabeça. Rapidamente, os seguranças retiraram o prefeito e empurraram os manifestantes e parte da imprensa.
Minutos depois, Alckmin saiu e foi direto para o carro. Os manifestantes se postaram à frente dos carros oficiais para impedir a saída do tucano. Policiais militares intervieram e retiraram os manifestantes com cassetetes.
Viagem à Disney
Na última quinta (21), Haddad comparou os pedidos que recebe para oferecer passe livre a todos os moradores da capital paulista com uma viagem à Disney. Na ocasião, ele afirmou que poderia priorizar outras coisas grátis para a população antes da isenção, exigida em manifestações populares promovidas pelo MPL na capital paulista.
O prefeito disse que é frequentemente questionado sobre os pedidos de passe livre, mas que há outras prioridades na cidade. “Tem tanta coisa que poderia vir na frente. Podia dar almoço grátis, jantar grátis, ida para a Disney grátis”, afirmou o prefeito, acompanhado de risos durante agenda em Santo Amaro, na zona sul da capital.
O prefeito ressaltou que já atendeu aos pedidos dos estudantes e concedeu o passe livre nos ônibus da cidade para todos eles. “Eu não prometi passe livre para estudantes na minha campanha. Foram para a rua. Demos o passe livre. Agora, querem passe livre para todo mundo. Então, é melhor eleger um mágico em outubro porque um prefeito não vai dar conta”, afirmou.
Haddad disse que a isenção da tarifa para os estudantes custa R$ 700 milhões por ano à prefeitura. “Sabe quantos CEUs dá para construir com R$ 700 milhões? Vinte. Eu poderia construir quatro hospitais gerais com esse dinheiro”, afirmou o prefeito. “Aí para terminal, para não sei o quê”, concluiu em referência aos frequentes protestos promovidos na cidade contra a tarifa.
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