A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulta do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) continua trabalhando com número reduzido de leitos por conta da greve dos servidores. Dos 14 leitos disponíveis, ontem apenas 10 estavam em funcionamento, porque do total de 22 funcionários do setor, cinco aderiram à greve.
Segundo o reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Júnior, outros dois funcionários da UTI cardíaca estão em greve. Nesta situação, o HC não tem condições de receber mais nenhum paciente para ocupar as UTIs. "Não admitimos mais ninguém por causa da falta de funcionários", diz.
Moreira também fez uma retificação em relação ao número de servidores faltosos. "Ontem foram ao todo 65 ausentes, o mesmo número de terça e quarta-feira. Nestes outros dias o mapa que recebi só apresentava o número de servidores que faltaram nos setores de emergência, que eram 13."
Mesmo antes da greve, a falta de funcionários nas UTIs já fazia parte da rotina do hospital. Moreira explica que este é um dos setores onde a maioria dos servidores não quer permanecer por muito tempo. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba, José Carlos Belotto, afirma que o número de ausentes que vem sendo divulgado nos últimos dias representa a quantidade de funcionários que faltam quando o hospital está trabalhando normalmente.
Hoje, às 14h30, acontecerá em Brasília uma reunião entre representantes do Ministério do Planejamento, Ministério da Educação, Federação de Sindicatos de Trabalhadores de Universidades Brasileiras, Sindtest e Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superio para se tentar uma solução definitiva em relação à greve. "Se não houver acordo, pode anotar que a greve vai até meados de agosto, já que no próximo mês teremos o recesso", enfatiza o reitor da UFPR.
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