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Maior hospital público do Paraná sofre com falta de luvas, álcool 70%, gazes e seringas. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Maior hospital público do Paraná sofre com falta de luvas, álcool 70%, gazes e seringas.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Mesmo com 380 novos funcionários, um recorrente problema persiste no maior hospital público do Paraná. A falta de repasses públicos provoca um esvaziamento nas prateleiras de insumos básicos no Hospital de Clínicas de Curitiba. Medicamentos, luvas, álcool 70%, gazes e seringas são alguns dos materiais que estão em falta em setores do HC.

Apesar do contrato de cogestão da Universidade Federal do Paraná (UFPR), mantenedora da instituição, com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) ter sido assinado há um ano e dois meses, a estatal se preocupou, durante este tempo, mais em contratar novos trabalhadores e reabrir alguns leitos que estavam desativados. A direção do HC informa que os eventuais desabastecimentos ocorrem devido ao atraso nos repasses de recursos do governo federal, o que contribui para a desestabilização do processo de compra.

Leitos

Apesar do registro de falta de insumos, a vinda de novos profissionais, via contrato com a Ebserh, possibilitou que no ano passado fossem foram reabertos 14 leitos nos setores de UTI Adulto, oito leitos de UTI Cirúrgica e 14 leitos nas áreas de UTI Pediátrica e Neonatal.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Paraná (Sinditest-PR) elaborou um documento que será levado ao Ministério Público Federal em que há um levantamento de todo material que estava em falta no hospital no começo deste ano.

“São relatos dos trabalhadores e às vezes dos próprios pacientes. É uma situação caótica que coloca os pacientes em risco e também os profissionais”, afirma o diretor sindical Márcio Palmares. Segundo o diagnóstico, também faltam itens como dispositivos apropriados para descarte de material, perfuro cortante e frasco para coleta de urina.

equipamentos

O contrato com a Ebserh trouxe quatro equipamentos ao Serviço de Neurocirurgia, avaliados em R$ 4 milhões. A previsão é que sejam reabertos seis leitos de UTI geral, 10 de UTI neonatal e dois de UTI pediátrica.

O superintendente do complexo hospitalar, Flávio Tomasich, afirma que, devido a questões orçamentárias, ocorrem “faltas pontuais de insumos”. Essa realidade faz com que o hospital precise de ajuda de parceiros para não reduzir os impactos no atendimento à sociedade. “No final de 2015, o Complexo HC contou com o apoio da Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas que realizou uma compra de aproximadamente R$ 1 milhão em insumo. Com isso, no início de 2016, as faltas pontuais de insumos já devem ser regularizadas”, acredita. Alguns itens, segundo ele, foram repostos, como caixa de perfuro cortante, álcool 70%, luvas e gazes.

O Ministério da Saúde informa, contudo, que todos os repasses para o HC estão em dia e regularizados.

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