Deputado Hélio Lopes (PL-RJ)| Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) afirmou rejeitar o incentivo a políticas públicas voltadas para reparação histórica dos descendentes de negros escravizados no Brasil. Para o parlamentar, a atuação do movimento “não é pela causa, é pelo voto”. Nesta segunda-feira (20), é celebrado Dia da Consciência Negra.

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“O que aconteceu não tem como mudar. Mas essa reparação [histórica]… Eu acho que é falha”, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, divulgada neste domingo (19).

Sendo um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Hélio foi eleito pela primeira vez em 2018, sendo o mais votado do Rio de Janeiro com 345 mil votos nas urnas,

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“Quando eu fui o mais votado do Rio de Janeiro, alguém do movimento negro fez uma nota? ‘Parabéns, futuro deputado Hélio, você representa a nossa cor’. Não fizeram. Mas passou um pouco de tempo e tinha um grupo aqui falando que eu tinha que representar o movimento negro”, declarou Hélio.

O parlamentar também se mostrou crítico à recém criada bancada negra na Câmara dos Deputados.

“Sou contra a construção do movimento negro, mas que exista o movimento negro e que ele esteja feliz defendendo as pautas deles. Não quero que eles defendam a minha pauta. Eu sou contra, mas respeito que todo mundo se reúna e que lute pelos objetivos. Mas não tem que estar implantado aqui em mim que eu tenho que pensar igual a eles", disse.

Por ser próximo ao ex-presidente, ele também comentou ter sofrido ataques com cunho racial. “Eu quero ver a bancada negra se manifestar quando eu pegar os meus processos e mandar para eles. Se eu fosse negro de esquerda tinha um monte de gente presa. A luta do movimento negro não é pela cor, não é pela causa, é pelo voto”, afirmou o parlamentar.