Rio de Janeiro Ao conclamar a militância carioca da Frente de Esquerda (Psol, PSTU, PCB, PCR) para poder chegar aos segundo turno, a candidata à presidência Heloísa Helena, classificou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um "gângster que chefia uma organização criminosa, capaz de roubar, matar, caluniar e liquidar qualquer um que passe pela sua frente ameaçando seu projeto de poder".
Depois de fazer as acusações em um palanque, as repetiu com mais calma aos jornalistas, ressalvando que "acho muito ruim quando se fala por trás. Não retiro nada do que disse, mas quero ter a oportunidade de falar perto dele, no debate, para desmascará-lo".
Pela manhã, ela esteve com militantes no Aterro do Flamengo e depois caminharam na praia de Copacabana, ambos na zona sul. Lembrou que a campanha exige um trabalho duro, pois "não é uma eleição qualquer".
Segundo a candidata, "a verdade precisa ser dita. Ficamos tristes, é claro, porque ele (Lula) é um ex-operário, nascido em uma família pobre. Mas, para mim, que também nasci de uma família pobre, nada de pior há do que ouvir setores de elite dizerem que o pobre nunca comeu melado e quando come se lambuza", disse.