A greve de trabalhadores do setor aéreo que ameaçava a véspera de Natal foi descartada nesta segunda-feira (22) por aeronautas (pilotos, co-pilotos e comissários) e aeroviários (serviços em terra, como check-in). Os aeronautas aceitaram a proposta de reajuste salarial de 8% feita pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) e afastaram a possibilidade de paralisação no dia 24, conforme se planejava.

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De acordo com a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, apesar disso, a categoria está insatisfeita com a falta de sensibilidade das empresas aéreas, já que inicialmente eles reivindicavam 13% de aumento. "A expectativa era a de um reajuste maior. Diante da atual conjuntura, a assembléia decidiu aprovar esse índice nesse momento. Mas vamos discutir em 2009 a manutenção do emprego", afirmou Graziella.

Os aeroviários, por sua vez, vão realizar assembléias em todo o País somente no início da próxima semana. Portanto, a possibilidade de paralisação na véspera do Natal foi descartada pela secretária-executiva do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino. "Não vamos fazer greve porque, em tese, a proposta de reajuste tem de ser apreciada em assembléia", disse.

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Caso a assembléia dos aeroviários não aceite a proposta de reajuste de 8%, Selma não descarta possibilidade de greve na véspera do Ano Novo. Nesta manhã, os aeroviários fizeram uma paralisação de advertência no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), da 5 às 8 horas, seguida de passeata. O reajuste de 8% para as duas categorias foi uma sugestão do Ministério Público do Trabalho de São Paulo, que na quinta-feira passada realizou uma reunião com os trabalhadores e as empresas aéreas para evitar uma greve na véspera do Natal.