Os primeiros habitantes do atual estado do Paraná a fazerem uso da erva-mate foram os índios guaranis, que habitavam a região das bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai na época da chegada dos colonizadores espanhóis. Da metade do século XVI até 1632, a extração de erva-mate era a atividade econômica mais importante desse território, que abrangia o Paraná e onde foram fundadas 15 reduções jesuíticas.
O ciclo econômico da erva-mate atingiu seu ápice no século XIX, período em que chegou a representar 85% da economia da Província do Paraná. As mudanças ocorridas nos meios de transporte se intensificaram com o desenvolvimento justamente da economia ervateira: desenvolveu-se a navegação fluvial nos rios Iguaçu e Paraná, construiu-se a ligação entre o planalto e o litoral com a Estrada da Graciosa e a Ferrovia Paranaguá-Curitiba.
Em 1882, por exemplo, foi inaugurada a navegação a vapor no Rio Iguaçu. Os maiores vapores transportavam 800 sacos de erva-mate, em média. Em 1885, a Ferrovia ligando Curitiba a Paranaguá se tornou a principal via para o escoamento da erva-mate destinada à exportação.
Até que em 1929 ocorreu a quebra da Bolsa de Nova York e o mundo todo entrou em recessão. O ciclo da erva-mate mergulhou numa crise e se iniciou um novo ciclo econômico no estado: o da madeira. Na década de 1940, foi a vez do café roubar em cena. O mate tornou-se coadjuvante na economia paranaense.
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