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Um garoto de 10 anos recebeu, na manhã deste domingo, um golpe de machadinha na cabeça dado por Bruno Geremias Andrade de Oliveira, 19 anos. O menino teria tentado defender a irmã de um ano e dez meses, que também teve o rosto machucado ao ser jogada contra o chão. O agressor morava há dois meses no mesmo terreno que a família, na Vila das Torres, no bairro Prado Velho, em Curitiba. Oliveira acabou detido por vizinhos dispostos a fazer "justiça com as próprias mãos". Ele só não foi linchado porque policiais militares intervieram a tempo.

O ataque aconteceu por volta das 8 horas, na Rua Esperandio Domingos Foggiatto. As crianças brincavam no pátio do depósito de material reciclável que abriga oito famílias de catadores de papel. Oliveira era um dos poucos que não dormiam. De acordo com a vizinhança, ele teria passado a noite bebendo em casa. "Eu acordei com meu filho pedindo socorro", conta Regina Aparecida Franco. A mãe relata que, já ferido, o menino tentava segurar a mão de Oliveira que empunhava a machadinha. Ela partiu para cima do rapaz, que fugiu pulando o portão e acabou apanhado a uma quadra dali.

Oliveira foi encaminhado para o 8.º Distrito Policial, no Portão, e não apresentou nenhum motivo para ter cometido o crime. De acordo com o delegado Carlos Mastronardi, o rapaz disse que estava alcoolizado e sob efeito de crack. "Ele sempre foi muito trabalhador. A gente via ele beber mais no final de semana", conta a tia do agressor, Aline Carla da Silva. A mãe das crianças acredita em um crime premeditado. "Ele tentou roubar o videogame dos meus filhos. E eu acho que ele estava com raiva porque eu alertava os vizinhos que ele era ladrão", diz Regina. Outra moradora do local lembra ter visto Oliveira amolando a machadinha durante a semana.

As crianças foram levadas para o Hospital Cajuru. A menina já teve alta e o garoto passa bem, porém continua em observação. Ele ainda deve estar internado até a próxima quinta-feira, quando completa 11 anos. O menino teve o crânio quebrado e passou por uma cirurgia para fazer a colagem do osso. De acordo com a assessoria do hospital, a perfuração com a machadinha não chegou a atingir a massa encefálica do garoto.

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