Um homem foi condenado a 25 anos de prisão por assassinar um policial militar dentro de uma academia de ginástica na zona leste de São Paulo. O crime aconteceu em junho do ano passado.

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Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, Jefferson Otacilio da Silva matou o PM Vagner Dias, 44, que era integrante do batalhão da cavalaria, no momento em que ele dava aulas de artes marciais na academia Highlander, no Jardim Vila Formosa.

O juiz Bruno Ronchetti Castro, do 1º Tribunal do Júri da Capital, disse que o condenado é de "extrema periculosidade, membro de organização criminosa, que visa estabelecer um poder paralelo no Estado".

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Segundo funcionários da academia, o acusado não era aluno do estabelecimento e no dia do crime pediu apenas para conhecer o local, sobretudo os ambientes onde eram dadas as aulas de artes marciais. Ao avistar Vagner Dias, que dava aulas de jiu-jítsu, o criminoso atirou contra o policial.

O magistrado informou que o delegado ouvido em plenário revelou que a Secretaria da Administração Penitenciária solicitou partes do processo para viabilizar a transferência do criminoso a uma penitenciária federal reservada a presos de alta periculosidade. A reportagem tentou entrar em contato com o advogado de defesa Jose Quiros Bello, mas não obteve retorno.

Um mês antes do PM morrer, em julho do ano passado, houve uma onda de atentados contra policiais em São Paulo, o que levou a Polícia Militar a armar esquemas especiais de operação, com reforço de segurança em unidades policiais e blitze em vias estratégicas. Ao menos 106 PMs foram assassinados em ondas de ataques do crime organizado.

Crime

O policial militar Vagner Dias foi morto a tiros dentro da academia no dia 20 de junho de 2012, por volta das 20h30. Ele trabalhava no estabelecimento como professor de artes marciais.

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Segundo o DHPP (Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa), três homens pediram à recepcionista do local para conhecer as aulas de jiu-jítsu. Após apresentar os homens ao professor, ela deixou a sala.

Na sequência, a funcionária ouviu os disparos e viu quando os três homens fugiram em um carro estacionado nas proximidades.

Segundo o proprietário da academia, André Machado da Cruz, no momento do crime havia pelo menos dez alunos na sala e nenhum deles ficou ferido.