| Foto: Associação Protetora dos Animais de Campo Largo/Facebook

Um homem invadiu e destruiu o canil da Associação Protetora dos Animais de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, no último sábado (9). A ação ocorreu durante a madrugada e deixou um prejuízo de aproximadamente R$ 3 mil para a entidade, que acolhe cães e gatos de rua.

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Grupo agenda protesto contra policial que disparou e matou cachorra em Curitiba

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Segundo Janina Frauches, veterinária que trabalha no local, câmeras de segurança flagraram parte da ação. Nas imagens, é possível ver o momento em que o suspeito - que mora ao lado da associação - danifica os muros e as telas que fazem a divisão dos canis. Com isso, cachorros que precisavam ser mantidos separados se misturaram ao grupo.

“Havia animais que passavam por pós-operatório, outros eram especiais, sem olhos, sem patinhas, idosos. Mas, muitos acabaram voltando por livre e espontânea vontade”, conta a veterinária. Durante o tumulto, uma cadela foi encontrada morta. “Não sabemos se foi pela mistura ou outros cães, se algum cachorro maior pegou, ou se ele [suspeito] fez alguma maldade. A marca que encontramos parece de faca, mas no andar onde aconteceu isso não tinha câmeras”.

Outra cachorra que fugiu após os portões serem abertos foi atropelada e precisará passar por uma cirurgia que deve custar em torno de R$ 800. Dos cerca de 130 cachorros abrigados na associação, apenas um ainda não havia retornado até o meio-dia desta terça-feira (12).

Janina disse ainda que os 27 gatos abrigados na casa não foram soltos. Isso porque o acesso ao local onde ficam os felinos é interno, e o suspeito não teve acesso a ele.

Boa parte do canil da associação tinha acabado de passar por reforma. Foram feitos novos telhados e casinhas, que viraram alvo do homem.

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No sábado de manhã, a Polícia Militar foi acionada e conseguiu prender o suspeito, que foi encaminhou para a delegacia do município. Solto um dia depois, o vizinho voltou a arrebentar telas do canil nesta segunda-feira (11) e também jogou carne para os animais.

“Nosso medo agora é que ele envenene os cachorros”, ressalta a veterinária.

Questionada, a Polícia Civil confirmou a soltura, sem fiança, do suspeito ainda no domingo, e disse que as investigações continuam com o intuito de saber se o homem agiu também em outros locais.

Ajuda

Quem puder contribuir com o espaço, principalmente doando material de construção, deve entrar em contato pelo telefone 3032-5205.