Tênis que Eliane usava ao ser assassinada| Foto: Roberto Cosme Raimundo / Gazeta do Povo

Um ex-marido ciumento matou a ex-mulher e logo depois se suicidou na tarde desta segunda-feira (15), em Curitiba. Eliane Cândido dos Santos, 39 anos, recebeu uma facada e um tiro da garrucha de Antônio Luiz Gonçalves, 41 anos, mais conhecido como "Toninho". Os dois estavam separados há três anos e Gonçalves fazia constantes ameaças, segundo vizinhos.

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Eliane estava separada de Gonçalves desde 2005. Há três meses, ela iniciou um novo relacionamento amoroso com um xará de seu ex-marido, o borracheiro Antônio dos Reis de Lima, 48 anos. "Nesses três meses, ele chegou a fazer duas ameaças que iria matar a Eliane. Mas a gente não pensa que ele iria chegar a cumprir", disse Antônio. "Era uma excelente esposa".

Segundo o pedreiro Elias Machado Vaz, que estava trabalhando em uma obra no pátio de Eliane, Toninho chegou "quieto" na casa de Eliane, localizada na Rua Gentil Antunes Branco, região do Jardim Ipê, bairro Santa Felicidade, por volta das 13h30. "Ele mandou a gente ir embora. Eu saí e vim para frente da casa", conta Vaz. De acordo com o pedreiro, o neto de Eliane, de 7 anos, saiu correndo da casa.

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A mulher chegou a reagir com uma faca de cozinha, mas Toninho agarrou o pulso de Eliane, forçando-a a enfiar a faca entre os maxilares, segundo relata Gladson Valnei Vieira, que viu a luta dos dois.

Toninho fechou a porta e as janelas. "Uns quatro minutos depois deu uns estouros. Parecia explosão de botijão de gás", afirma Vaz. Os ruídos vinham da garrucha de Toninho. Depois de disparar em Eliane, ele disparou contra si, esfacelando seu rosto.

Vizinhos

Segundo os moradores da região, Toninho era briguento. Em uma bebedeira, teria esfaqueado um conhecido. "Não dava para mexer com ele", conta Vaz.

Nos dez anos de relacionamento, Toninho e Eliane tiveram dois filhos - um menino e uma menina. Depois da separação, os vizinhos não tiveram mais contato com Toninho. "Acho que ele foi morar com a mãe, em Pinhais", conta um morador que não quis se identificar.

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Já o perfil de Eliane era o oposto. Era calma e pacífica, segundo os vizinhos. "A Eliane era trabalhadeira. Vendia rosários", diz a presidente do Clube de Mães do Jardim Ipê, Ivone Castilho.

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