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João Climaco da Silva Neto, que teve os testículos serrados ao ser flagrado com uma menina de 10 anos, teve a liberdade provisória autorizada pela Justiça. Como os exames de conjunção carnal deram negativo, ele está sendo acusado por atentado violento ao pudor. A pena é a mesma de estupro que, se compravada culpa, varia de seis a dez anos de prisão.

O caso aconteceu no dia 29 de setembro, em Guapirama, no Norte Pioneiro. Climaco e a menina se encontraram em uma feira livre da cidade. Ele levou-a para um quarto anexo a uma borracharia, local em que teria molestado a menina.

O pai dela, Adson Valter de Oliveira, chegou no momento que o crime acontecia. Climaco foi agredido até perder a consciência. Com uma serra usada para cortar arame e ferro, os testículos foram-lhe arrancados.

Quando recobrou os sentidos, buscou ajuda no único hospital de Guapirama. Mesmo assim, Climaco conta que sua vida se transformou em uma tragédia. Além de não conseguir caminhar direito, os remédios receitados não estariam dando o resultado desejado e a cicatrização da área atingida estaria se dando de forma lenta.

O acusado, em algumas vezes, fala palavras sem sentido. Familiares reconhecem que ele possui problemas mentais. O delegado Rubens José Tavares, titular da delegacia de Joaquim Távora, confirma. A Justiça, contudo, ainda não determinou a execução de exames sanidade mental. Fora da cadeia desde a semana passada, Climaco precisa se esconder. O caso chegou às ruas e a população, revoltada, ameaça agredi-lo.

Em depoimento, logo após sair do hospital, Climaco afirmou que teria se encontrado outras três vezes com a filha de Oliveira. Realizaram-se exames. O laudo referente à conjunção carnal deu negativo. A menina nunca havia tido relações sexuais até o momento dos exames.

O pai, indiciado por lesão corporal grave, afirmou em sua defesa que agiu por impulso.

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