O Ministério Público encaminhou à Justiça paulista a denúncia (acusação formal) contra o ajudante-geral José Ramos dos Santos, 23, acusado de matar e decapitar a namorada, de 16 anos, no mês passado. Ele deverá responder pelo crime de homicídio com duas qualificadoras, sendo uma delas o feminicídio.
Santos foi preso após se apresentar a uma delegacia levando a cabeça de Shirley Souza, 16, em uma mochila. O corpo da jovem, que estava grávida de seis meses, já tinha sido encontrado por moradores em uma viela próxima à rua Manuel Rodrigues Mexelhão, região da Pedreira, na zona sul de São Paulo, um dia antes.
O acusado contou à polícia que desconfiou de traição após a confirmação da gravidez da vítima. Segundo Santos, a carteirinha do posto de saúde estava que a última menstruação da jovem tinha sido em agosto, época que eles estavam separados.
“Ela disse que me traiu e daí não aguentei e enforquei ela (sic)”, disse ele em relato no boletim de ocorrência.
Santos afirmou em depoimento que se encontrou com a namorada na casa onde ele mora com o irmão. Eles tiveram relações sexuais e depois passaram a discutir sobre as possíveis traições de Shirley. A namorada, então, confessou ter se relacionado com um amigo do casal às vésperas do Natal e Ano Novo.
Após ouvir o relato, Santos contou que aproveitou que ela entrava no banho para aplicar uma gravata, até ela desmaiar. Ao notar que ela estava morta, ele foi até a cozinha, pegou uma faca e cortou o pescoço da vítima até arrancar a cabeça.
De acordo com a denúncia, oferecida pelo promotor Fábio Ramazzini Bechara, “o crime foi cometido por razões do sexo feminino, tendo em vista o menosprezo revelado pelo denunciado em relação à vítima, relegando a sua condição de mulher, e tratando-a como se fosse um objeto pessoal dele”. A Justiça agora deverá decidir se aceita a denúncia, o que o tornaria réu.
A lei do feminicídio foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em março e corresponde aos crimes praticados por razões de gênero, como no caso de violência doméstica.
A pena para o homicídio simples vai de 6 a 20 anos de reclusão. Já o homicídio qualificado, tipo penal do feminicídio, tem pena de 12 a 30 anos. As penas ainda são ampliadas de um terço até a metade se o crime for praticado durante a gestação da vítima, como no caso de Santos.
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Premiê de Assad concorda em entregar poder a rebeldes da Síria
EUA alertam que Estado Islâmico pode tentar “tirar vantagem” da situação na Síria
Segurança pública de São Paulo enaltece recorde histórico de redução de crimes
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora