Silva confessou os arrombamentos e deu detalhe sobre os crimes| Foto: Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo

Um homem de 27 anos, que ficou conhecido pelo apelido de "Homem Aranha", foi preso, na noite de terça-feira (25), quando chegava a Curitiba. Valter Alexandre da Silva rea fugitivo da Colônia Penal Agrícola e, segundo a polícia, confessou ter cometido arrombamentos em Curitiba e Londrina, no Norte do estado.

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Silva foi detido por uma equipe do grupo Tático Integrado de Repressão Especial (Tigre), dentro de um ônibus que vinha de Londrina para a capital. O "Homem Aranha" havia sido conquistado o direito de passar o Natal com a família, mas não se reapresentou ao sistema prisional.

Em depoimento à polícia, ele confessou que, no período em que esteve nas ruas, arrombou apartamentos de prédios nos bairros Água Verde, Juvevê e Campina do Siqueira, em Curitiba. Silva também assaltou apartamentos em Londrina, onde afirma ter invadido quatro prédios. Segundo o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), havia um mandado de recaptura contra Silva, que foi reconduzido ao sistema prisional.

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Escalada

Após escolher os prédios que seriam alvos de sua ação, o "Homem Aranha" o escalava pelo lado de fora, se pendurando em cabos de para-raios. Ele subia até o ponto mais alto dos edifícios, e descia pelas sacadas, arrombando portas e cometendo os furtos. "O acusado pegava objetos de valor e fáceis de carregar, como celulares, notebooks e joias", disse o delegado.

Durante apresentação ocorrida nesta quarta-feira (26), Silva afirmou que escalava os prédios descalço e sem qualquer equipamento de segurança. O acusado disse que desenvolveu a "habilidade" sozinho e que não repassou a técnica a ninguém. "Não dou divulgar, senão aparece ‘concorrência’", afirmou.

O "Homem Aranha" apontou que não voltou à Colônia Penal porque não aguentava mais ficar preso e que voltou a cometer os arrombamentos porque acreditava que não seria pego. Na apresentação, ele reconheceu ser usuário de drogas e lamentou o efeito dos entorpecentes em sua vida. "Eu subi em tudo, só não subi na vida por causa do crack", finalizou.

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