"Ele me provocou e eu fui atrás", disse o pedreiro Reginaldo Ferreira da Silva, 40, motorista que participava de um racha em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, onde seis pessoas morreram atropeladas na madrugada deste sábado (25). Ele não tinha habilitação e foi preso em flagrante.
De acordo com a Polícia Civil, o homem dirigia um carro Monza, com quatro passageiros, quando disputava a corrida.
Os passageiros disseram à polícia que saíam de uma festa quando Silva foi provocado por outro motorista, de um Fiat Palio, e deu início ao racha. O segundo motorista conseguiu fugir.
Um grupo, de oito pessoas, estava conversando na Estrada do Rio Grande, no bairro Conjunto Residencial Santo Ângelo, quando o motorista perdeu o controle do veículo e saiu da pista em direção a eles.
"Eu só vi o vulto do carro, fiquei atordoado com o barulho", disse Julio Batista Ribeiro, 22, um dos sobreviventes.
"Foi só desespero quando eu vi. Tive que tirar minha mulher de lá porque ela queria se matar", disse Geraldino Ferreira Nunes, 48, pai de Jeferson Andrade Nunes, 17, uma das vítimas. "Estava sentindo algo estranho e não conseguia dormir. Pedi para ele voltar para casa."
"Ela não via maldade em nada, era uma menina doce", relata Marta Fontana, 47, tia de Patrícia Rieper Fontana, 19, que também morreu no acidente.
Lucas Baptista Lopes, 13, Herick Henrique Pereira, 17, Rebert Nascimento Silvério, 19 e André Francisco Duarte, 22, foram as outras vítimas que morreram na hora.
As testemunhas também relataram que o pedreiro tinha consumido bebida alcoólica. A polícia não soube informar se o teste do bafômetro foi realizado. O resultado do exame de sangue que vai comprovar se ele estava alcoolizado ainda não saiu.
Ele será indiciado por homicídio doloso e embriaguez ao volante.
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