Irmã Maria úrsula Erna Feid faleceu vítima de embolia pulmonar| Foto: Arquivo pessoal

Uma das maiores alegrias de Maria Úrsula foi ter sido escolhida para ser missionária no Brasil. Alemã, tinha apenas 24 anos quando cruzou o Atlântico para se dedicar às atividades pastorais. Apesar da infância marcada pelos horrores da Segunda Guerra Mundial - onde seu pai faleceu – e pela falta de comida, Maria não teve sua fé abalada e sempre se manteve ligada às questões envolvendo a religiosidade.

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Aos 20 anos, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria, emitindo seus primeiros votos em 1961. Logo no segundo ano de vida religiosa, se mudou para Ubiratã, no Centro-oeste do Paraná, onde trabalhou como coordenadora na Escola Santo Antonio. Dois anos depois se mudou para Maringá, realizando sua missão no Colégio Santo Inácio.

Comunicativa, sabia como cativar as pessoas, que ouviam atentamente suas orientações, colocadas de forma delicada e com o leve sotaque alemão. Coordenou a catequese diocesana de Maringá, mesma cidade onde emitiu seus votos perpétuos no Noviciado Rainha da Paz, em 1965.

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Maria gostava de ler e ouvir as músicas do Padre Zezinho. Era inquieta, chegando a atuar como missionária no Mato Grosso (nas cidades de Vera e Sinop) e no Amazonas (em Manaus e na ilha de Nhamundá), trabalhando na formação de leigos e na organização de pastorais. "Ela havia rezado intensamente para que essa viagem ocorresse. Lá ela trabalhou com dezenas de comunidades indígenas", lembra a irmã Mari Scarabelot.

Na Congregação também foi formadora de religiosas e assumiu a formação dos Leigos Missionários do Santo Nome de Maria, grupo que hoje conta com mais de cem membros. Este ano, esteve na Alemanha onde visitou a família do irmão e fez uma cirurgia no joelho. No entanto, não quis passar muito tempo longe do Brasil, lugar que aprendeu a amar e onde queria morrer.

Dia 3 de novembro, aos 74 anos, em Maringá, de embolia pulmonar