Curitiba registrou 120 homicídios dolosos (quando há intenção de matar) a menos em 2015 em comparação com o ano anterior. Em 2014, foram 569 assassinatos na capital; em 2015, 449 – a redução de 21% representa o menor índice desde 2007 (21 homicídios para cada 100 mil habitantes), segundo balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) nessa quarta-feira (17). Na contramão, os municípios do entorno, na região metropolitana, registraram aumento de 14% de mortes.
Os bairros da Capital com maior número de homicídios dolosos em 2015 foram a Cidade Industrial (51); o Cajuru (35); o Tatuquara (26); o Xaxim (21) e Uberaba (19).
RMC mais violenta
Apesar da queda geral do número de homicídios no Paraná – por causa da redução de mortes em Curitiba e no Interior –, na Região Metropolitana de Curitiba o cenário é outro. De acordo com balanço da SESP, foram 683 assassinatos em 2015, o que significa um aumento de 14% em relação a 2014.
As cidades que tiveram maior aumento de homicídios dolosos foram Rio Branco do Sul e Mandirituba, ambas com aumento superior a 50% de 2014 para 2015: Rio Branco do Sul registrou 23 assassinatos em 2015, contra 11 em 2014; Mandirituba teve 18 mortes em 2015 e 8 no ano anterior.
Campo Largo também enfrentou um aumento de homicídios: os 31 casos registrados em 2014 subiram para 59, quase o dobro. Campina Grande do Sul foi quarta cidade com aumento mais acentuado, de 45%.
Questionado sobre o que teria elevado os números de mortes, Mesquita disse que a pasta deve concentrar esforços em 2016 para entender a origem do aumento.
No interior, foram registrados 1.284 homicídios dolosos. De acordo com a secretaria, 66% dos municípios paranaenses conseguiram reduzir ou manter estável a taxa de ocorrência desse tipo de crime. As cidades que tiveram melhor desempenho nesse sentido foram Londrina, com redução de 41% no índice de homicídios dolosos (foram 55 mortes em 2015 e 93 em 2014) e Maringá, com queda de 33% (de 51 mortes em 2014 para 34 no ano passado).
No total, no Paraná foram contabilizadas 2.416 mortes por homicídio doloso em 2015 – o menor número dos últimos nove anos. Em comparação com os dados de 2014, que teve 2.515 mortes, a queda foi de 4% (99 mortes a menos). De acordo com a Sesp, é o terceiro ano seguido de redução no índice desse tipo de crime no Paraná.
O secretário de segurança pública Wagner Mesquita atribuiu a queda ao trabalho integrado entre Polícia Civil e Militar, à atuação ostensiva fardada da PM e ao incremento do setor de inteligência, o que permitiu um mapeamento das regiões com maiores índices. “Os números são positivos e devem ser comemorados diante da complexidade geográfica, social e operacional do combate à violência.”, declarou.
Governo diz que força tarefa reduziu criminalidade em Londrina
Apesar da redução de mortes por homicídio doloso em 2015, Londrina começou 2016 surpreendida por uma onda de assassinatos e violência. Na noite do dia 29 e na madrugada do dia 30 de janeiro, 12 pessoas foram mortas (incluindo um policial militar) e pelo menos outras 14 ficaram feridas.
Desde então, uma força tarefa foi formada para ajudar nas investigações coordenadas pela Polícia Civil e para reforçar o policiamento em Londrina e na região metropolitana. Apesar de a operação continuar em andamento, o efetivo extra formado por 80 policiais militares deixou a cidade no último fim de semana. Segundo a PM, Londrina voltou à normalidade e a operação será mantida com o efetivo municipal.
O secretário Wagner Mesquita negou que Londrina tenha enfrentado uma chacina ou que os crimes do dia 29 de janeiro tenham sido resultado de uma ação coordenada por facções criminosas.
“Os casos estão sendo investigados individualmente e temos avaliado se há alguma relação entre os casos, mas por enquanto não há evidência de que houve ordem de facção criminosa. Não temos pressa para apresentar resultados, queremos elucidar os casos de forma completa e técnica”, disse.
Balanço
Na manhã dessa quarta-feira (17), a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (SESP) divulgou o balanço dos dias de atuação da força tarefa em Londrina. Segundo a pasta, durante os dez dias de atuação, policiais civis e militares realizaram mais de sete mil abordagens e prenderam 75 suspeitos de crimes como latrocínio, tráfico, furto, roubo e porte ilegal de arma. A média de ocorrências policiais caiu de 83 para 61 por dia. (CP)
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