O Colégio Estadual Nirlei Medeiros, no Campo do Santana, dispõe de 32 computadores com conexão banda larga. Os alunos, porém, reclamam que o uso é restrito. "Eles só deixam professores e funcionários usarem. Nós temos de gastar e procurar uma lan house para fazer as pesquisas para os trabalhos", diz Ângelo (nome fictício), 13 anos. "O governo dá para os alunos e são os funcionários que usam? Na outra escola estadual em que ele estudava ele tinha acesso à internet", reclama a mãe de Ângelo.
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação, a orientação é que o laboratório de informática seja utilizado por toda a comunidade escolar: professores, funcionários e alunos. Segundo o diretor da escola, Élson Ribeiro, porém, a restrição acontece porque a demanda é maior que a oferta. É que na escola 120 alunos fazem um curso profissionalizante on-line no período noturno. Durante o dia, eles têm preferência para fazer pesquisas. Têm preferência também os professores, pois eles utilizam a ferramenta para preparar suas aulas. Fora isso, só com agendamento. "Mas não é tão fácil", admite o diretor. São cerca de 2 mil alunos para 20 computadores. Para contornar a situação, segundo Ribeiro, a funcionária da biblioteca faz a pesquisa na internet para os alunos, na medida do possível. A escola espera a chegada de mais dez computadores.
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