Começa à meia-noite de hoje (zero hora de amanhã) o horário de verão. Os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País deverão adiantar seus relógios em uma hora. A medida valerá até a zero hora do dia 15 de fevereiro do ano que vem. A mudança nos relógios faz com que a luz natural, que nessa época do ano já é mais intensa, seja aproveitada por mais tempo.

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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pela gestão do sistema elétrico do país, estima que a edição 2008/2009 do horário de verão vai proporcionar uma redução no consumo de energia de 4% a 5% no chamado horário de pico, que, em geral, vai das 19 às 22 horas. Isso equivale a uma economia de 2 mil megawatts (MW).

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste (que, do ponto de vista do setor elétrico, são uma só) a diminuição do consumo no horário de maior carga deverá ser de 1.790 MW, o equivalente à demanda de uma cidade de 5 milhões de habitantes. Na região Sul, a expectativa do governo é de que o consumo no horário de pico caia em 528 MW, o bastante para suprir uma cidade de 1,5 milhão de habitantes.

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No Paraná, de acordo com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), a alteração no relógio deve permitir uma redução de 5,5% na demanda máxima simultânea por energia, o que significa dispensar o uso de 220 MW de potência no horário de pico, entre 18 e 21 horas.

Segundo a Copel, diferentemente do entendimento de boa parte da população, a principal finalidade do horário de verão não é o de proporcionar redução no consumo geral de energia elétrica, pois essa queda não passa de 0,5%. O principal objetivo da medida é desobstruir o sistema elétrico nos horários de maior consumo, entre o fim da tarde e o início da noite.

O horário de verão gera folga para as instalações do sistema elétrico, já que os picos máximos de demanda por energia nas diferentes categorias de consumo deixam de coincidir. "Com o horário de verão, o pico de de-manda nas residências passa a ocorrer ainda com o dia claro, sem coincidir com o acionamento dos sistemas de iluminação pública, cujas lâmpadas são acionadas automaticamente por dispositivos sensíveis à redução da luminosidade ambiente", explicou a gerente do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Copel, Ana Rita Xavier Haj Mussi à Agência Estadual de Notícias.