Dicas para se adaptar
A professora titular de nutrição da USP e presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais (SBAF), Jocilem Salgado, dá algumas dicas para ajudar na adaptação ao horário de verão.
1) Colocar o despertador para tocar um pouco antes da hora, porque o ruído e o próprio processo de despertar aumentam a quantidade de cortisol, um hormônio cuja produção cresce em situações de estresse. Quando chegar a hora de deixar a cama, o organismo terá mais energia e será mais fácil aceitar a determinação de que é preciso levantar.
2) Evitar bebidas alcoólicas e comidas pesadas, pois podem prejudicar o sono. Pular refeições causa queda no nível de açúcar o que pode resultar em cansaço.
3) Um banho quente antes de ir para cama pode ser uma alternativa se o sono demorar para chegar.
O horário de verão deste ano começa à zero hora de domingo (14). Os relógios devem ser adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, incluindo o Distrito Federal. O termino está previsto para o dia 16 de fevereiro de 2008. A medida é implantada na segunda quinzena de outubro desde 1985. No ano passado, no entanto, o ajuste foi adiado por três semanas por causa do segundo turno das eleições.
O principal objetivo não é economia de energia - como no período do racionamento -, e sim aliviar a carga no sistema elétrico durante o período de maior consumo do dia, entre 18 e 21 horas. Durante o horário de verão, o período crítico ocorre com o dia ainda claro. A associação de fatores como a mudança no comportamento dos consumidores e o término do expediente de trabalho mais cedo, ainda com luz natural, e o retardo do início da utilização pública de luz reduz a sobrecarga do sistema.
A estimativa do Operador Nacional do Sistema (ONS) é que a folga operacional no horário de pico seja de aproximadamente 5%, ou 2.100 megawatts de potência, nas áreas de abrangência. O valor equivale à capacidade de produção de três turbinas de Itaipu. No sistema operado pela Copel, é esperada redução de carga em torno de 6%, correspondente à demanda máxima da cidade de Londrina, no Norte do estado.
Segundo a empresa, o horário de verão permite que usinas, linhas de transmissão e subestações trabalhem com folga, elevando a segurança do sistema. A diminuição da demanda também permite realização de paradas para manutenção preventiva sem riscos ao consumidor.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, em 2006 a redução foi de 1480 megawatts ou 4% do total nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. No Sul, a queda foi de 440 megawatts durante o horário de pico. O valor equivale a 4,4% do consumo. O horário de verão também proporciona uma pequena economia da ordem de 0,5% no consumo de eletricidade. A redução decorre do menor tempo de uso de lâmpadas.
Área de abrangência
Além do Distrito Federal, o horário de verão abrange os mesmos estados dos últimos dois anos: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nesses estados é possível um aproveitamento maior da luz solar nessa época do ano.
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