O horário de verão 2016-2017 começa a zero hora do próximo domingo (16), momento em que todos os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão adiantar seus relógios em uma hora. Algumas pessoas sentem mais do que outras essa mudança. Para elas, é recomendável a adoção de medidas de adaptação antes e durante a vigência do novo horário.
De acordo com o neurologista Fernando Tensini, do Hospital Marcelino Champagnat, a adaptação não demora mais do que sete dias no pior dos casos. “Algumas pessoas têm a percepção equivocada de que demora muito para se adaptar e, quando se sente confortável, o horário de verão já terminou. Mas isso ocorre porque a pessoa já tem um sono ruim. Não é culpa do horário de verão”.
Tensini explica que a adoção de medidas simples pode ajudar na transição para o novo horário, assim que ele entrar em vigência. “Encaramos essa mudança de fuso horário como um jetlag, é uma pequena mudança de fuso horário. Então, a pessoa já pode começar a acordar alguns minutos mais cedo a partir de agora”.
Outra dica importante do neurologista é aproveitar o sol do fim da tarde. “Ao se expor ao sol do fim da tarde, a tendência é de que a pessoa tenha um sono mais tranquilo, porque varia de acordo com a quantidade melatonina que o corpo produz. O sol inibe a produção dessa substância ao fim do dia, para que haja um pico [de produção no fim da noite]. Isso ajuda a ter um sono mais tranquilo”, explica o médico.
Marcelo Ducroquet, professor do curso de medicina da Universidade Positivo, também recomenda a antecipação da ida à cama na semana que antecede o horário de verão como forma de ajudar na adaptação. Ele explica, entretanto, que crianças e idosos costumam ter maior dificuldade nesse processo. “Isso ocorre por conta das características específicas do organismo das pessoas nessas faixas etárias”, afirma o infectologista.
O principal objetivo do horário de verão é o melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial, adiantando-se os relógios em uma hora, de forma a reduzir a concentração de consumo de energia elétrica no horário entre 18 horas e 21 horas. Nesta edição, o relógio terá de ficar adiantado em uma hora até 19 de fevereiro de 2017.
Economia com Horário de Verão supera a casa dos R$ 100 milhões
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o horário de verão proporcionará um ganho equivalente ao sistema elétrico do país de R$ 147,5 milhões. Esse ganho representa o custo evitado em despacho de usinas térmicas, por questões de segurança elétrica, e atendimento à ponta de carga entre o dia 16 de outubro e do dia 19 de fevereiro.
A mudança vale para os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo. Os estados do Nordeste e Norte não entram no novo horário porque quanto maior a proximidade com a linha do Equador, menor a eficiência do horário de verão.
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